Por Jailson Dias
Uma grande missa campal repleta de fé e devoção marcou o encerramento do 118° Festejo do Sagrado Coração de Jesus. A celebração começou às 18h00 do dia 30 e foi realizada do lado de fora da Igrejinha do Sagrado Coração de Jesus, onde acontecem as missas e novenas durante todo o mês de julho. Nesse período o trânsito da Av. Getúlio Vargas é desviado pela guarda municipal, garantindo a segurança dos fieis.
A celebração foi encerrada com uma procissão com a imagem do Sagrado Coração de Jesus pela Rua Coelho Rodrigues, contornando a praça Félix Pacheco, seguindo pela Avenida Getúlio Vargas, retornando para a igreja onde foi concedida a benção final.
Pessoas de várias idades comparecem as celebrações, mas muitas deles já possuem uma longa tradição familiar de acompanhar esse festejo que parece se renovar a cada ano. Esse é o caso da comerciante Maria Mônica, que afirmou comparecer às missas e novenas desde a década de 1980, representado a devoção ao Sagrado Coração de Jesus. “Devoção não apenas de mim, mas de toda a comunidade picoense”, frisou.
O aposentado Osvaldo Hipólito de Sousa reside em Teresina, mas como é picoense, todo mês de junho retorna para acompanhar as festividades. Ele afirmou que desde a sua infância participa dos festejos. “E vou continuar até quando Deus me der vida, trago irmãs e filhos, estão todos aqui”, comentou.
Os festejos são organizados pelo Apostolado da Oração, associação criada há 118 anos. Atualmente ela é presidida pela senhora Miriam Lélis e possui mais de 900 associados, 200 dos quais participam ativamente.
História
Embora seja comemorado há 118 anos não se sabe ao certo quando a tradição dos Festejos do Sagrado Coração de Jesus teve início. Miriam Lélis informou que realizou pesquisas para descobrir a origem, mas o certo é que a festa acontecia bem antes da fundação do Apostolado da Oração.
Curiosamente o festejo nem sempre foi promovido na Igreja do Sagrado de Jesus, prédio mais antigo da cidade de Picos, construída entre 1827 e 1830, mas na antiga Igreja de Nossa Senhora dos Remédios, demolida na década de 1940 para a construção da atual. A imagem era retirada e levada para aquele templo e lá os festejos aconteciam. Apenas em 1915 decidiu-se que os festejos seriam realizados na igrejinha, como tem sido até hoje, prometendo continuar pelas próximas gerações.