Domingo, 13 de Outubro de 2024

Secretária de Saúde diz que recursos são insuficientes para atender população

Publicado em 07/01/2015
Por Jailson Dias
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Enfermeira Conceição Portela/Jailson Dias

Um dos problemas mais antigos e criticados na cidade de Picos são as filas para marcação de consultas e exames na Secretaria Municipal e nos Postos de Saúde. A titular da pasta, Conceição Portela, informou que o problema reside nos limitados recursos destinados para a gestão da saúde pública: R$ 1 milhão e 900 mil oriundos do governo federal mensalmente.

Esse dinheiro tem de ser repassado para os prestadores de serviço que vão desde o Hospital Regional Justino Luz (HRJL) (R$ 490 mil) até clinicas particulares: dois institutos de hemodiálises (R$ 490 mil), além de outros 22 prestadores de serviços que oferecem variados exames, alguns de média e alta complexidade. “Todos os recursos que Picos recebe por parte do Ministério da Saúde a gente compra os serviços dos profissionais, já que não temos público”, explicou a secretária.

Conceição Portela explicou ainda que é realizada a contratualização com o setor privado para que ofereça esse serviço. A contratualização começou em março e deve se encerrar neste mês de maio.

A situação da saúde pública na cidade de Picos poderia ser amenizada, segundo Conceição Portela, caso o governo do estado se comprometesse a revisar a Programação Pactuada e Integrada (PPI) anualmente, pois a última aconteceu em 2009. Caso houvesse essa revisão os recursos destinados para a cidade poderiam ser maiores, uma vez que a demanda de 2009 não é a mesma de 2015.

A secretária chega a pedir a população que pressione e cobre do governo do estado a liberação de mais recursos para a cidade de Picos, porque assim haveria a possibilidade de oferecer um número maior de exames e consultas. “O usuário não quer saber, ele quer saber se chega na Secretaria ou na Unidade de Saúde e marque o seu exame, então nós trabalhamos com um teto”, explicou.

As filas permanecem porque há um número limite de exames por mês, uma vez que o teto pré-estabelecido é atingido, não há mais possibilidade de oferecer o exame desejado pelo usuário. A marcação acontece enquanto há serviços a serem oferecidos, uma vez preenchidos, nada mais pode ser feito. “Para aumentar esse número de vagas o Estado tem de sentar com os municípios e fazer uma revisão dessa programação pactuada e integrada”, frisou.        

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