Deputados estaduais, federais, senadora e prefeitos de todo o Piauí utilizaram o auditório da Associação Piauiense de Municípios (APPM) para debaterem a Reforma Política, durante a manhã e início da tarde desta segunda-feira (16). As propostas formuladas pelos prefeitos serão condensadas em um documento a ser entregue ao relator da Reforma, deputado Marcelo Castro (PMDB-PI).
Presentes no encontro, os deputados estaduais Wilson Brandão, Georgiano Neto e Severo Eulálio, os federais Júlio César, Marcelo Castro e Assis Carvalho e a senadora Regina Sousa. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Polícia Militar e Secretaria de Desenvolvimento Rural enviaram representantes para o debate. Mais de cem prefeitos estiveram presentes.
Em sua fala, o relator da Reforma Política externou que o momento é muito propício para que a mesma aconteça. “É uma tarefa difícil mais inadiável. Acreditamos que o momento atual é diferente do que tínhamos no passado, quando se falava em Reforma Política, mas ela não acontecia. Agora chegamos a exaustão, ela tem que acontecer”, afirma.
Marcelo Castro levantou os principais aspectos que têm que ser revistos com urgência. “Temos que baratear o custo das campanhas, diminuir a influência do poder econômico dos candidatos nas eleições, aproximar o eleitor de seus representantes para garantir a autenticidade, fechar as brechas para a corrupção e tornar os partidos mais fortes e com identidade”, completa.
Os prefeitos levantaram aspectos como a prorrogação dos mandatos de prefeito e vereadores em mais dois anos, mandato “Tampão” (eleição para o mandato de dois anos) e eleição para um mandato de seis anos, todos para fazer coincidir as eleições majoritárias e proporcionas, evitando que a cada dois anos haja eleição no País. Entre os parlamentares não a consenso entre as proposta, mas há uma certa tendência à terceira.
“A maioria dos prefeitos atuais afirma que caso o sistema não mude, não será mais candidato, pois não suportam mais eleições de dois em dois anos em seus municípios”, observa o presidente da APPM, Arinaldo Leal.
A diminuição do período de campanha, o financiamento público, o voto distrital e outros temas também foram levados a debate.
Fonte: appm.org.br