Sexta-Feira, 14 de Novembro de 2025

Para economista picoense Brasil passa por momento de decréscimo, mas não de recessão

Publicado em 28/11/2014
Por Jailson Dias
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Economista traduz o momento vivido pelo país/Jailson Dias

Assistir televisão nos últimos meses tornou-se uma verdadeira tortura com tantas informações negativas sobre a economia brasileira, que a mesma está em recessão e o país passa por uma grave crise financeira. Qualquer um pode entrar em depressão com um quadro assim tão ruim. Nossa equipe conversou com o economista e professor da Universidade Federal do Piauí – UFPI, Campus de Picos, Francisco Evandro. Ele explicou que o Brasil vive um momento de decréscimo em suas finanças, mas nada que se caracterize como recessão, caracterizada por uma série de crises constantes.

O professor Evandro comentou que tem havido a tentativa de aproveitamento da situação por grupos políticos, uma vez que o ano de 2015 começou difícil para os brasileiros e o governo teve de tomar medidas impopulares para o controle das finanças públicas como o aumento de alguns impostos.

“Foi mudado o ministro da Fazenda (Guido Mantega por Joaquim Levy) que está tentando fazer os ajustes. Muitas vezes as medidas de controle da inflação têm de ser impopulares e isso tem reflexo direto na impopularidade da Presidenta da República”, esclareceu.

Segundo o economista uma forma das pessoas ajudarem a economia do país é consumir, mas isso se torna um problema em um momento como esse uma vez que todos estão receosos e procuram economizar mais. “Na medida em que você reduz gastos dá a sua contribuição para a crise econômica”, frisou.

Quanto a inflação, algo tão debatido nos jornais de repercussão nacionais, Francisco Evandro comentou que o governo perdeu o controle da meta estipulada anualmente, que era de 6,5%. A perda do controle aconteceu ainda em 2014 e, desde então, o governo tem tentado retornar o teto máximo de 6% ao ano, tarefa considerada ingrata.

“Isso não é fácil, não é simples, porque temos que observar que há um conjunto de variáveis internas, dentro da economia em que o governo tem uma capacidade de atuação, mas também tem fatores externos que o governo não tem controle e isso aí pode ser ruim para a economia brasileira”, comentou.

As disputas políticas tem contribuído para o agravamento da crise, momento que deveria ser caracterizado pela união para vencer o momento difícil.

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