Quinta-Feira, 13 de Novembro de 2025

Câmara Municipal, política e confiança

Publicado em 29/10/2014
Por Jailson Dias
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No último dia 01 de fevereiro tomaram posse os 30 deputados estaduais piauienses, os 513 deputados federais e 27 senadores. No dia 05 a Câmara Municipal de Picos retorna às suas atividades tendo de compensar a baixa popularidade constatada através de enquete realizada pelo jornal e portal Folha Atual. Além de suas atribuições institucionais, as casas legislativas mencionadas tem em comum a confiança, ou melhor, a falta de confiança entre seus membros.

Podemos nos deter apenas a Câmara Municipal de Picos e a Assembleia Legislativa do Piauí que viveram recentemente processos eleitorais polêmicos. Em Picos o presidente do legislativo, Hugo Victor (PMDB), recusou-se a cumprir um tal acordo cuja existência ele mesmo reconheceu e “peitou” a sua candidatura à reeleição, articulando-se com a oposição e renovando o seu mandato pelos próximos dois anos.

Quanto a Assembleia Legislativa do Piauí, 18 deputados estaduais beijaram a mão do candidato oposicionista Fábio Novo (PT), mas na hora “H”, quatro destes optaram por votar em Themistocles Filho (PMDB), dando-lhe seu quinto mandato consecutivo como presidente do legislativo piauiense, do qual parece ser dono.

Nos dois casos houve quebra de compromisso, quebra da palavra em prol de interesses pessoais, assim se acredita. Se os nossos políticos, aqueles que nos representam agem dessa forma entre si, o que se pode esperar do seu relacionamento com o povo que os elegeu? O exemplo deveria partir de cima, mas este não está sendo dado. Talvez a política praticada no Brasil seja apenas um reflexo da nossa sociedade onde todos desejam levar vantagem em tudo.

Os 15 vereadores picoenses que retornam para o segundo biênio do seu mandato tem a chance de mudar as coisas e reverter essa baixa popularidade histórica que transcende a atual legislatura. Talvez possam justificar os seus mandatos antes que o povo decida por não renová-los no ano que vem. O mesmo vale para a Assembleia Legislativa, os 30 deputados terão quatro anos para mostrar que o povo não fez papel de tolo ao elegê-los, mas essa missão das duas casas, na atual conjuntura política, parece impossível.

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