Sábado, 05 de Outubro de 2024

Filhos de servidora assassinada pedem proteção

Publicado em 25/02/2013
Por Marta Soares
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Os cinco filhos de Francisca Iones de Sousa, encontrada morta com um tiro na cabeça no dia 30 de janeiro em Santo Antônio de Lisboa, a 344 quilômetros ao Sul de Teresina, estão na capital prestando depoimento e solicitando proteção policial. Eles estiveram na Delegacia Geral da Polícia Civil dando informações sobre o caso para o delegado Guilherme Ulisses, do 2º DP de Picos.
 
Eles também se encontraram com o delegado geral da Polícia Civil, James Guerra, a quem pediram proteção policial.
 
Segundo uma das filhas da vítima, que não quis se identificar, a família veio para Teresina com medo de represálias dos criminosos responsáveis pelo assassinato de sua mãe. Ela relata que foi estuprada aos 12 anos de idade pelo suposto autor do homicídio, teria engravidado desse ato e casado com seu agressor. Ainda de acordo com ela, eles tiveram mais dois filhos em meio a uma relação conturbada, cheia de brigas e ameaças.
 
“Ele me ameaça dizendo que iria me matar e forjar um suicídio. A minha mãe vendo a situação denunciou o caso ao Ministério Publico e à Policia. Ela, que era da União das Mulheres Piauienses (UMP), deixou muito material, escrito do próprio punho, relatando as ameaças feitas a mim e a ela própria“, diz a filha.
 
“A minha mãe estava apenas lutando pela felicidade da família. Ela era uma pessoa que lutava contra a agressão contras mulheres, mas acabou sendo mais uma vitima”, finaliza a filha.
 
União das Mulheres Piauienses
A UMP estava presente na Delegacia Geral dando apoio jurídico à família e exigindo agilidade no processo investigativo. Segundo Lourdes Melo, da UMP, Iones já havia denunciado as agressões e ameaças ao MP e solicitado proteção à polícia nos anos de 2010 e 2011.
 
“Essa família precisa de apoio, pois os filhos dependiam financeiramente da vítima e agora estão desamparados. A Iones pediu proteção por duas vezes para polícia e os órgãos competentes foram omissos. Ela já estava sendo ameaçada e nada foi feito,” afirma Lourdes.
 
Fonte: G1 PI
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