Domingo, 06 de Outubro de 2024

Melhor goleiro do Brasileiro, Jefferson fala sobre seu ano

Publicado em 11/09/2014
Por Erivan Costa
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Jefferson faz uma defesa: ídolo alvinegro/Marcos Tristão

Camisa 1 da seleção brasileira e ídolo do Botafogo, Jefferson conhece os extremos do futebol. Ao lado de Neymar, sob o comando de Dunga, só vitórias e a celebração de um sonho; no Glorioso, derrotas e o pesadelo do rebaixamento à Série B. Aos 31 anos, eleito o melhor goleiro do Campeonato Brasileiro, enquanto a nova diretoria alvinegra planeja mantê-lo, ele revela o desejo de encerrar a carreira em General Severiano. E, por viver entre o céu e o inferno, se sente mais preparado do que antes.

— Posso considerar essa indicação de melhor goleiro do Campeonato Brasileiro como o maior prêmio que recebi na carreira. Foi um ano em que amadureci muito, tanto na seleção quanto no Botafogo. Eu tinha que separar os dois ambientes que eu vivia: o cenário conturbado que era no Botafogo, e o da seleção, que era de renovação com a chegada do Dunga e a sonhada titularidade.

Nos planos do Internacional para 2015 — seus emprésarios receberam sondagens —, Jefferson é um projeto da gestão de Carlos Eduardo Pereira. A diretoria acionou a MFD, responsável pela carreira do camisa 1, para uma reunião. Mas o goleiro, integrante do time odo Botafogo que, em 2003, voltou à Série A, admite fazer o caminho de volta novamente. Uma história semelhante à do italiano Buffon, rebaixado com a Juventus e líder no retorno.

—Ter meu nome comparado com o dele é motivo de orgulho. Acho que tem muito a ver com a representação dele na Juventus e com a minha aqui no Botafogo. Nunca escondi minha identidade com o clube, meu carinho pelos torcedores e minha vontade de fazer história aqui dentro. Todos sabem que meu objetivo sempre foi de criar raiz aqui no Botafogo e encerrar minha carreira defendendo as cores desse clube — afirmou.

Jefferson não quer mais falar sobre o ex-presidente Maurício Assumpção para evitar desgaste. Sabe que a má administração, com salários atrasados e isolamento do futebol, levou o Botafogo da briga pelo topo nas últimas temporadas ao fundo do poço.

— Comprei muita briga e fiz tudo que estava ao meu alcance para que isso não viesse a acontecer. Algumas pessoas de dentro do clube criticaram minha postura, mas era tudo pensando somente no clube e na sua torcida. Jamais pensei em ver o Botafogo novamente nessa situação. Sabemos que este ano o que aconteceu fora do campo influenciou muito, mas é importante que cada um assuma sua parcela de culpa — disse Jefferson, goleiro da seleção e, por ora, da Série B.

Fonte: EXTRA

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