Sábado, 05 de Outubro de 2024

Chega ao final a audiência de instrução dos acusados de assassinar o vereador Titico Barbosa

Publicado em 24/02/2013
Por Marta Soares
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Momento em que um dos acusados presta depoimento/Marta Soares
Após 4 horas da continuação da audiência de instrução dos acusados de assassinar o vereador Francisco de Assis Pio da Silva, o Titico (41), chega ao fim a audiência que ouviu as testemunhas de defesa e os dois acusados, Josimar Lima Nunes, o Mazinho e José Gonçalves Nunes, o Zé Neto. Mazinho e Zé Neto são acusados também de tentativa de homicídio contra Francisco das Chagas Pio da Costa. Mazinho é acusado ainda de lesão corporal contra Vanessa Silva Pio Rufino. O advogado Herval Ribeiro acredita que foi possível provar a responsabilidade criminal dos dois acusados.
 
A audiência teve início ainda no dia 18 de janeiro, quando foram ouvidas as testemunhas de acusação. Como o tempo não foi suficiente, a audiência foi continuada hoje, dia 04. Segundo o advogado da família do vereador Titico, Herval Ribeiro, das 4 testemunhas arroladas pela defesa, apenas 2 testemunharam a pedido do advogado de defesa: “a audiência só confirmou o que já havia ficado provado ainda na audiência do dia 18, que os dois acusados, Josimar Lima Nunes, o Mazinho e José Gonçalves Nunes, o Zé Neto são os responsáveis pelo assassinato do vereador Titico”.
 
As testemunhas foram ouvidas e uma delas, Sebastião Luís da Silva teve voz de prisão decretada pelo Ministério Público sob a alegação de cometer falso testemunho. Sebastião, ao finalizar o se depoimento ficou sob custódia da polícia em uma sala do fórum de Picos e ao final da audiência foi levado para a Central de Flagrantes, para que fosse feito o Boletim de Ocorrência. Após ser lavrado o Boletim de Ocorrência, a testemunha será encaminhada novamente do Fórum para que seja homologado e decidido sobre a liberdade do mesmo. A pena para o crime de falso testemunho é de até 3 anos de prisão.
 
Os acusados foram ouvidos após as testemunhas. O primeiro foi Josimar Holanda Nunes (foto abaixo), o Mazinho. Seu depoimento teve início às 11h10 e encerrou às 11h40, durou, portanto, cerca de meia hora. O acusado se recusou a responder aos questionamentos da promotoria. 
 
 
José Gonçalves Nunes, o Zé Neto (foto abaixo), 58 anos, iniciou seu interrogatório às 11h50 e utilizou o direito de permanecer em silêncio. O acusado não respondeu a nenhuma das perguntas que lhe foram feitas, nem as da juíza Nilcemar, nem as da promotoria, nem as do advogado de acusação. Com isso a juíza leu o depoimento que ele prestou a Polícia Civil. A leitura durou oito minutos, ao que deu por encerrada a audiência.
 
 
Segundo Herval, a defesa dos acusados poderia ter arrolado até 8 testemunhas, mas apresentou apenas 4 e hoje, a pedido da própria defesa, apenas 2 prestaram depoimento: “Tanto o Vando Guimarães, quanto o Sebastião Luís não estiveram no local do crime no momento do crime. Os dois vieram relatar fatos e comentários que eles teriam ouvido de pessoas que eles, se quer, sabem relatar nome ou apelido”.
 
Para a juíza da 5ª Vara Criminal, Nilcemar Rodrigues de Araújo Carvalho, que presidiu a audiência, a mesma transcorreu de forma tranquila, ressaltando apenas o que ela chamou de incidente, sobre a testemunha de defesa que foi presa em flagrante por falso testemunho. 
 
Após esta audiência de instrução, o próximo passo são as alegações finais do Ministério Público, acusação e defesa. Após as alegações da defesa, a juíza Nilcemar de Araújo prolatará a sentença, só aí a juíza dará o seu parecer, favorável ou não a realização do julgamento. Tanto o Ministério Público, quanto acusação e defesa, possuem 5 dias para entregar as alegações finais à juíza. O prazo para finalização das alegações é o dia 26 de fevereiro.
 
O advogado de defesa dos acusados, Nazareno Thé (foto acima), diz que aguardará a decisão da juíza, mas disse que sustenta a tese de que o crime foi motivado por legítima defesa: “Vou continuar reunindo todo o meu conhecimento em prol desta causa. Caso a decisão da juíza seja uma decisão justa, nós não vamos recorrer, mas se acharmos que foi injusta pode ter certeza que recorreremos até a última instância”.
 
O Portal Folha Atual acompanhou toda audiência.
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