Com a paralisação iniciada por 14 categorias de servidores públicos do Piauí na manhã desta segunda-feira, 24, muitas atividades básicas foram suspensas. Dentre os servidores que cruzaram os braços estão os agentes penitenciários, com isso serviços básicos como o acesso dos advogados aos clientes ficaram suspensos. Foi o que aconteceu com o advogado Fabrício Bezerra Alves de Sousa.
Em entrevista ao Folha Atual ele informou que foi até a penitenciária José de Deus Barros para tratar com um cliente cujo prazo do processo vence na próxima sexta-feira, 28, mas ouviu do diretor Sinval Hipólito que não haveria possibilidade de pôr o advogado em contato com o cliente porque os agentes penitenciários aderiram a paralisação. “Nem mesmo audiências seriam cumpridas e assim eu fiquei prejudicado por não ter possibilidade de me comunicar com o preso”, relatou.
Ao não poder ter contato com o seu cliente ele se deslocou para a delegacia da Polícia Civil de Picos para fazer o registro do ocorrido, mas ao chegar lá foi informado que os policiais também estão em greve e atenderão apenas ocorrências graves.
Para o advogado Fabrício Bezerra a única saída então é solicitar ao juiz que o prazo para a defesa seja estendido devido à greve. Com isso percebe-se o conflito entre dois direitos, o dos servidores fazerem greve e o individual de algumas pessoas, caso esse do cliente do advogado Fabrício. “Vou comunicar ao magistrado da comarca onde ele responde o processo”, frisou.