Diminuem reclamações nos atendimentos graças aos médicos cubanos

Em dezembro fará um ano desde que a primeira equipe de médicos cubanos, formada por dois profissionais, chegou à cidade de Picos. Em março desse ano de 2014 chagaram mais seis profissionais daquele país e, para a secretária de Saúde, Ana Eulálio, o retorno da população quanto ao trabalho desses profissionais tem sido o melhor possível, uma vez que as reclamações por mau atendimento dos médicos em geral caíram consideravelmente.

“O grande indicador que a Secretaria tem da satisfação do usuário é a redução das reclamações da população em relação a disponibilidade do médico para atendimento, e isso é inegável”, comentou.

Ana Eulálio informou que os oito médicos cubanos que residem na cidade de Picos trabalham 36 horas por semana, lhes sobrando oito horas de folga para que haja a possibilidade de se dedicarem a uma especialização a distância em “Saúde da Família” pela Fundação Oswaldo Cruz. “Isso implica em você aumentar o acesso da população ao atendimento médico”, frisou.

Ana Eulálio descreve a adesão do município de Picos ao programa “Mais Médicos” do governo federal como “feliz” e cujo ganho para a população é “incontestável”. 

Os médicos cubanos têm atendido nos postos de saúde da família dos bairros centrais de Picos: Passagem das Pedras, Pedrinhas, Conduru, Canto da Várzea, Centro, Ipueiras, Morada do Sol e Morro da AABB.

Uma das principais barreiras para o sucesso do programa Mais Médicos apontado pelos críticos seria o idioma, mas a Secretária afirma que não foram registradas grandes confusões uma vez que os médicos apresentavam disponibilidade para ouvir os pacientes através de consultas que duram em média 30 minutos. Com o passar do tempo essa dificuldade inicial do idioma deixou de existir. “Se tivemos dificuldades com relação ao idioma, foi apenas no início”, comentou a Secretária.

Em 2013 Ana Eulálio concedeu entrevista ao Folha Atual oportunidade em que falou sobre a ausência de médicos voltados para a atenção básica na cidade de Picos, que sofreria um déficit do número de profissionais da medicina em relação a população. Na época Picos possuía apenas 28 profissionais que integravam o programa de saúde da família.