Walmir Lima fala de Carnaval e quebra silêncio sobre acordo com o Sindserm

O vice-prefeito de Picos, Secretário Municipal de Educação e padre licenciado, Walmir Lima, esteve presente na noite desta sexta-feira, dia 1°, na abertura oficial do carnaval de Picos, onde foram escolhidos o Rei Momo e Rainha.

Questionado sobre a visão da Igreja a respeito do carnaval, Walmir foi enfático ao dizer que a Igreja não condena esta festividade, condena apenas a forma como ela é vivida: “O máximo que a Igreja pode fazer é questionar a maneira como muitas vezes as pessoas brincam o carnaval”, disse.

Para o secretário e vice-prefeito, o Carnaval é uma forma de expressão da cultura e também de alegria. Disse ainda que deseja incentivar a cultura, sobretudo este ano, lembrando que há muitos anos não se realizava um bom carnaval de rua em Picos: “Temos que resgatar os valores culturais do carnaval que foram esquecidos”.

Sobre o polêmico acordo firmado com o Sindserm, o Folha Atual fez um breve retrospecto da pré-candidatura de Walmir Lima em 2012 até a sua nomeação como secretário de educação e perguntou: 

“Walmir, quando o senhor lançou-se candidato nas últimas eleições afirmou que não se candidataria a vereador e se lançou pré-candidato a prefeito retirando logo em seguida o seu nome, afirmando que permaneceria na vida religiosa. Depois recebeu e aceitou convite para ser vice-prefeito na chapa do candidato Kléber Eulálio (PMDB), quando venceu as eleições, foi diplomado, empossado e nomeado secretário de educação; na ocasião disse que no momento em que não tivesse autonomia para gerir a pasta, a entregaria. Afirmou que seria um vice-prefeito e secretário atuante prezando pelo melhor para o povo. O que aconteceu com o acordo firmado com o Sindicato dos Servidores Municipais? Houve falha na comunicação com o prefeito Kléber?”

Parabenizando a repórter pela retrospectiva, o secretário e vice-prefeito lembrou que “dizia sempre na campanha, nos comícios, olhando para Kléber, que não seria simplesmente um vice, mas que seria um vice que brigaria, quanto ideia, e questionaria o que fosse melhor para o povo”.

Walmir Lima disse que entendimento não é concordar com tudo, mas é questionar. “Eu não vou dizer amém para tudo o que ele me disser e ele também não vai fazer isso. A minha posição independe da pessoa do Kléber e naquele momento eu queria o melhor para a cidade e quando está em questão o melhor para a cidade, eu não pergunto se vai mostrar para a sociedade um rompimento político ou não. Entre nós continua a boa relação e quero que seja sempre assim”, disse.

O secretário disse que na reunião com Sindserm afirmou que, naquela ocasião, foi instruído por dois advogados, a dizer que com a verba do FUNDEB – Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação – era legalmente possível pagar a dívida. “Hoje, eu tenho outra opinião. Fui assessorado por um advogado em Teresina e o que está quase certo é que nenhuma dívida de 2012 poderá ser paga com o repasse de 2013 e aí o que acontece é que essa dívida com os professores terá que ser paga com recurso próprio da educação. Não tenho certeza, mas mesmo que hoje nós estivéssemos dinheiro suficiente na conta do FUNDEB, nós não poderíamos quitar esta dívida”, finaliza.