Quinta-Feira, 10 de Outubro de 2024

Carreta “Ponto Final da Hanseníase” está em Picos

Publicado em 27/07/2014
Por Marta Soares
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Paciente passando pelo teste de sensibilidade/Marta Soares

 

Os picoenses podem contar nesta sexta-feira, dia 10, com diagnóstico e tratamento para a Hanseníase através da Carreta “Ponto final da Hanseníase”. O carro está parado em frente a agência da Caixa Econômica Federal do bairro Bomba, às margens da BR 316.

A carreta percorre vários Estados brasileiros e é uma promoção do Ministério da Saúde junto a Secretaria Municipal de Saúde de Picos, por meio da Coordenação de Combate e controle da Hanseníase. Os atendimentos encerram às 17h00.

O coordenador de combate e controle a hanseníase da secretária municipal de saúde, Gilberto Valentin, ressalta que anualmente 100 pessoas são diagnosticadas com a doença, daí a importância de um programa de prevenção que inclui o tratamento precoce.

Sobre a doença
A hanseníase é uma doença infecciosa, curável, causada por uma bactéria chamada Mycobacterium leprae. A transmissão da doença se dá através de contato íntimo e contínuo com o doente não tratado. Apesar de ser uma doença da pele, é transmitida através de gotículas que saem do nariz, ou através da saliva do paciente. Não há transmissão pelo contato com a pele do paciente. O período de incubação é prolongado, e pode variar de seis meses a seis anos.

O primeiro e principal sintoma são o aparecimento de manchas de cor parda, ou eritematosas, que são pouco visíveis e com limites imprecisos. Nas áreas afetadas pela hanseníase, o paciente apresenta perda de sensibilidade térmica, perda de pelos e ausência de transpiração.

O diagnóstico da hanseníase é feito pelo dermatologista e envolve a avaliação clínica do paciente com aplicação de testes de sensibilidade, palpação de nervos, avaliação da força motora etc. Se o dermatologista desconfiar de alguma mancha ou ferida no corpo do paciente, poderá fazer uma biópsia da área ou pedir um exame laboratorial para medir a quantidade de bacilos. O exame identifica se a hanseníase é paucibacilar, com pouco ou nenhum bacilo; ou multibacilar, com muitos bacilos.

O Tratamento é gratuito e fornecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Nas formas mais brandas (paucibacilar) demora em torno de seis meses, já nas formas mais graves (multibacilar) o tempo é de um ano ou mais. É fundamental seguir o tratamento, pois é eficaz e permite a cura da doença, caso não seja interrompido. A primeira dose do medicamento já garante que a hanseníase não será transmitida.

A melhor forma de prevenir a doença é mantendo o sistema imunológico eficiente. Ter boa alimentação, praticar atividade física, manter condições aceitáveis de higiene também ajudam a manter a doença longe, pois, caso haja contato com a bactéria, logo o organismo irá combatê-la.

 

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