Todo o período eleitoral, que se estendeu de 06 de julho até 03 de outubro, foi marcado pelas passeatas, corpo a corpo com os eleitores e a ausência dos grandes comícios, apenas dois, que para alguns políticos, podem ter chegado ao fim, como meio de repercutir as propostas dos candidatos. Para alguns destes, o contato direto com o eleitor era a forma mais eficiente de conseguir o seu voto, no máximo acontecia os chamados atos públicos, com discursos rápidos dos pleiteantes.
Para a chefe de cartório da 62° Zona Eleitoral, Daniela Martins, essas eleições foram “atípicas”, especialmente pela ausência de denúncias por parte das coligações, acontecendo de forma mais disciplinada. Nem mesmo os eleitores realizaram denúncias contra alguns abusos cometidos por parte das coligações, como quanto ao excesso de cavaletes em algumas avenidas da cidade: Deputado Sá Urtiga e Senador Helvídio Nunes de Barros.
Os veículos de propaganda volante também podem ser registrados como ponto negativo, 48 destes se cadastraram na Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, segundo informou o titular da pasta, Glauber Silva. Apesar dessa regulamentação, Picos ainda foi destaque nacional em matéria da TV UOL, que deu destaque para o transtorno provocado por esses veículos que circulam dia e noite alardeando o nome e o número dos candidatos.
Mesmo com a desculpa de que esta é uma eleição para presidente da República, o que mexe menos com os nervos dos eleitores do que as eleições municipais, ainda assim muita coisa foi diferente. O candidato à reeleição para Assembleia Legislativa, Ilcemar Lavor Neri, o Nerinho (PTB), declarou que talvez essa seja a tendência a partir de agora, com os eleitores em casa, declarando sua preferencia através das mídias virtuais.
O próprio Nerinho, e os demais candidatos da região de Picos: Pablo Santos (PMDB), Severo Eulálio (PMDB), Belê Medeiros (PSB), Tadeu Maia (PSB), Weimar Santos, realizaram caminhadas constantes pelos bairros falando sobre as propostas.
Dentre os momentos chocantes estão a virada do ex-prefeito Gil Paraibano, que declarou apoio por Wellington Dias (PT) nos primeiros dias do pleito. Além dele, o vice-prefeito Pe. Walmir Lima (PT) o ex-prefeito Zé Neri (PTB) e mais cinco vereadores apoiaram o petista. Zé Filho (PMDB) manteve o apoio de Kleber Eulálio (PMDB) e dez vereadores, mas perdeu diversas lideranças da região. Ambos vieram à cidade de Picos de duas a três vezes, nas últimas, promoveram grandes comícios.
De forma geral, na avaliação dos próprios candidatos, de políticos que não concorriam e de técnicos que acompanham o processo, essas foram as eleições mais tranquilas e atípicas da história recente do Piauí, ressaltando que mais um processo eleitoral se avizinha, dessa vez para a prefeito, em 2016.