Quinta-Feira, 10 de Outubro de 2024

Picoense ainda se capacita pouco para o mercado de trabalho

Publicado em 15/06/2014
Por Jailson Dias
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SENAC oferece bons cursos/Jailson Dias

O mercado picoense está cada vez mais dinâmico e exige capacitação constante por parte daquelas pessoas que buscam conseguir um emprego ou continuar inserido nesse mundo de oportunidades. E hoje, a cidade de Picos conta com boas instituições que oferecem cursos de aperfeiçoamento constantemente, como o Sebrae e o SENAC, mas, que, infelizmente são subaproveitados.

Nossa equipe conversou com o gestor do desenvolvimento empresarial do Sebrae de Picos, Elimar Coelho, que confirmou a necessidade não apenas de empregados, mas também de empregadores buscarem se aperfeiçoar para manter os empregos e alcançar novos cargos. “Nós oferecemos dois ou três cursos por mês, mas infelizmente temos turmas com números pequenos, até realizamos, porque já está divulgado”, declarou.

Elimar Coelho disse que essa situação entristece porque a metodologia adotada nessas capacitações é útil para o mercado picoense. Ele frisa que o empresariado local carece de mais atenção quanto a dinamicidade do mercado, que muda constantemente, em especial nos últimos anos, quando marcas de renome nacional chegaram a cidade competindo diretamente com as empresas que já existiam por aqui.

“Estamos vendo algumas empresas com quadro de funcionários capacitados e isso tá começando a incomodar os empresários, tá na hora de ver a importância dessas empresas”, frisou. O setor de alimentos preparados na hora, lanches, é o que está sofrendo maior influência, com marcas conhecidas se estabelecendo na cidade. Comerciantes picoenses do ramo de lanches já estariam reclamando.

A gerente do SENAC de Picos, Cristiane Sousa, informou que falta vontade para aqueles que desejam ingressar no mercado de trabalho. A situação é diferente quanto ao PRONATEC (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego), programa do governo federal voltado para os adolescentes. Muitos se habilitam a fazer esses cursos porque recebem um subsídio para isso.

Já os cursos comerciais, voltados para pessoas que estão no mercado, ainda possuem uma demanda considerada pequena. Mesmo sendo estes custeados, Cristiane frisa que os profissionais que já estão no mercado precisam se conscientizar da importância da capacitação constante para ter um ganho futuro.

“Então, acredito que precisa de mais incentivo, também por parte dos empregadores que venham a proporcionar cursos para os seus funcionários para que venham prestar um serviço de qualidade a comunidade, temos o exemplo do curso de qualidade no atendimento ao cliente”, comentou.

Assim, tanto para o Sebrae como para o SENAC, a conscientização sobre a capacitação precisa partir não apenas de empregados, mas também de empregadores. Ao que parece todos querem salário de juiz, mas poucos são os que estão dispostos a lutar para tê-los.

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