Quinta-Feira, 10 de Outubro de 2024

Audiência pública sobre o “Minha casa, Minha Vida” lota a Câmara Municipal de Picos

Publicado em 09/06/2014
Por Marta Soares
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Audiência pública/Marta Soares

 

Nesta terça-feira, dia 12, foi realizada audiência pública na Câmara Municipal de Picos para debater sobre o programa “Minha Casa, Minha Vida”. A população atendeu ao chamamento das autoridades e em grande número marcou presença. A audiência foi solicitada pela vereadora Fátima Sá (PSDB). A principal preocupação neste momento é com a possível tentativa de uso político na seleção dos futuros moradores.

Segundo o presidente da APICOS – Associação Picoense de Comunidades e integrante do Conselho Municipal de Habitação, Amadeu Almondes, é importante que toda a comunidade acompanhe e cobre das autoridades competentes a lisura em todo o processo. Segundo Almondes, por conta do ano eleitoral, a divulgação dos nomes e entrega das casas só serão feitos após o fim do pleito: “nós sabemos que isso pode ser vir de massa de manobra e para evitar que um candidato ou outro prometa casa aos eleitores em troca de votos, as casas só serão entregues após o mês de outubro”, disse.

Para o presidente, na edição anterior do projeto - Conjunto Habitacional Luiza Gomes de Medeiros – pessoas foram beneficiadas com casas, sendo que estas não possuíam as devidas necessidades. “Nós vamos fazer uma vistoria em tudo isso. Assim que passar esse período de cadastramento das novas casas, nós vamos fiscalizar as casas do Morada Nova”, afirmou.

Cláudia Mônica, da Coordenadoria de Habitação do município, disse que algumas etapas do processo estão sendo cumpridas, como a definição dos critérios locais e realização da audiência pública.

No município existem alguns critérios para a participação no programa: mães chefes de família, pessoas portadoras de doenças crônicas (comprovadas através de perícia médica) e outras. As novas casas estão sendo construídas próximo ao Conjunto Habitacional Luiza Gomes de Medeiros.

A vereadora Fátima Sá disse ao Folha Atual que todo o processo será fiscalizado: “estas casas serão para as pessoas que precisam, para as que têm direito”. Fátima não soube precisar o número geral do déficit habitacional de Picos, mas reconheceu que ainda é grande, levando em consideração que esse número de aproximadamente 300 casas para as pessoas que moram em áreas de risco. Ao nosso portal a vereadora disse ainda que em breve entrará com um projeto de lei para que as casas sejam fiscalizadas anualmente, onde um cadastro será feito e caso o dono da casa não resida na mesma, tenha vendido ou alugado, que perca o direito de morar.

Francisca Maria de Jesus, uma senhora de 70 anos, estava entre as centenas de pessoas presentes na Câmara Municipal de Picos. Segundo ela, mora com uma filha no bairro Boa Sorte, em uma casa alugada pelo valor de R$ 200,00: “já me cadastrei da primeira vez e não consegui a casa. Eu sou doente, tenho diabetes, moro com uma filha pagando R$ 200,00 de aluguel. Esse dinheiro eu poderia usar para pagar meus remédios”, disse.

 

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