Através das redes sociais iniciou-se nesta quinta-feira, dia 07, uma campanha para a adoção de nove filhotes de cachorro sem raça definida, os conhecidos “vira-latas” e da mãe deles. Encabeçada pela advogada e jornalista Fátima Miranda e pela enfermeira Elayne Araújo, a campanha logo tomou corpo e através dos compartilhamentos, pessoas interessadas em adotá-los foram surgindo.
Os cães foram entregues pelo antigo dono no Centro de Zoonoses. Saudáveis e sem lar, toda a família seria sacrificada. Após a divulgação nas redes sociais, em menos de 24 horas toda a família já tinha um lar. O Folha Atual foi até o Centro de Zoonoses e acompanhou o resgate da família canina formada pela mãe e seus filhotes: seis fêmeas e três machos. Os animais foram levados para a clínica veterinária e pet shop “Animais e Cia”, para que as pessoas que haviam se interessado pelos animais, pudessem pegá-los.
Durante a nossa visita ao Centro de Zoonoses para conhecer a cadela e seus filhotes, conhecemos também o vigilante Ernani Xavier da Silva, que estava a procura de um cachorro para adotar e acabou levando uma das fêmeas da ninhada: “Meu pai tinha um cachorro que morreu de velhice recentemente e vim em busca de um filhote pra que ele possa ter a companhia de outro cachorro. Eu queria um filhote macho, mas fiquei encantado com essa aqui – mostrando a cadelinha – e vou levar”, disse. A cadelinha foi adotada e já saiu de lá se chamando Madonna.
Este trabalho já é feito há muito tempo pela jornalista Fátima Miranda, que resolveu recentemente oficializá-lo criando uma Fundação em homenagem ao seu pai Miguel Miranda. A Fundação ainda está em processo inicial de regulamentação, mas já é atuante: “Eu cresci vendo meu pai levar pra casa todos os animais que ele encontrava pela rua e eu aprendi a ter respeito, cuidado e amor pelos bichos com ele. Esta Fundação é uma forma de homenageá-lo e de incentivar outras pessoas a terem o mesmo respeito”, disse emocionada. Desde que anunciou a criação da Fundação já são mais de 20 animais salvos, dentre gatos e cachorros. Alguns são resgatados após atropelamentos ou doentes, mas são tratados antes de irem para adoção.
Quem partilha do mesmo amor é a enfermeira Elayne Araújo, que em sua casa cria 16 gatos e 12 cachorros. “Infelizmente eu não tenho mais porque mataram 16 gatos envenenados e uma cachorrinha parida, que deixou seis filhotes e destes apenas dois sobreviveram. Eu conheço esse amor desde que me entendo por gente e é um amor principalmente por aqueles animais abandonados, que a princípio, ninguém quer”, disse.
Elayne adotou recentemente mais uma cadelinha, que passou a se chamar Princesa. A cadela foi resgatada da rua com o corpo coberto de ferimentos, foi tratada e nos próximos dias irá para casa.
Esta é a Princesa, que foi resgatada, tratada e em breve irá para casa