Segunda-Feira, 28 de Julho de 2025

Construtora atrasa obras do Vidal de Freitas e alunos saem prejudicados

Publicado em 29/05/2014
Por Marta Soares
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Obras não concluídas /Jailson Dias


Por Jailson Dias

A situação da Unidade Escolar Vidal de Freitas está semelhantes à de outras escolas da rede estadual de educação na cidade de Picos, com obras paralisadas que tem causado grandes transtornos para a comunidade acadêmica: professores e alunos. Em entrevista ao jornal Folha Atual o diretor da escola, José dos Santos, informou que as obras haviam começado ainda em setembro de 2013 e que se prologaram até este mês de julho, sem poderem ser dadas como concluídas.

Ele apontou que a reforma e ampliação constituía-se em toda a reestruturação dos sistemas elétrico e hidráulico do prédio, além do acabamento e revestimento das paredes. Estava previsto ainda a construção de uma rampa de acesso para pessoas com necessidades especiais, a construção de uma cantina e a cobertura da quadra de esportes. Estas últimas se encontram pela metade, como mostram as fotos.

José dos Santos declara que 90% da reforma foi concluída, mas a empresa responsável, sediada em Teresina-PI, cujo nome não se recordou, (a placa da empresa foi arrancada) deu por encerrada a mesma ainda no mês de maio e retirou seus trabalhadores. Já ampliação está paralisada há duas semanas. O engenheiro Paulo Lopes, cuja empresa Paulo Lopes Construções, venceu o processo de licitação, esteve na escola e avisou que paralisaria as obras uma vez que o governo do Estado não estava fazendo os repasses. “Simplesmente os construtores saíram e não concluíram nenhum dos três itens que ganharam na licitação”, frisou.

Para o diretor a comunidade acadêmica vem sendo prejudicada desde o início do processo de reforma e ampliação, uma vez que não foram realocados em outro prédio, sofrendo, sobretudo, com o barulho oriundo das obras. Para completar os alunos não estão recebendo aulas de educação física e a cantina tem funcionado em uma sala de aula.

José dos Santos apresenta o prolongamento da reforma como o principal motivo para a evasão e transferência escolar verificada no Vidal de Freitas nesse ano de 2014. Ele acredita 20% dos 620 alunos do período matutino e 40% dos 280 alunos da noite deixaram a escola por conta da demora da conclusão das obras de reforma e ampliação. Muitas salas de aula se encontram sem itens básicos para o conforto dos docentes e discentes como o ventilador de teto.

“Devido o calor, devido aos setores que não estão funcionando como deveriam funcionar. Não tem as centrais de ar e a evasão aconteceu por conta disso”, protestou. Muito entulho pode ser visto pelos cantos além dos andaimes que não foram desmontados. Os alunos transitam por esse meio correndo inúmeros riscos.

Nossa equipe procurou o engenheiro Paulo Lopes, proprietário da Paulo Lopes Construções, para falar sobre o assunto. Ele não quis gravar entrevista, mas confirmou que paralisou as obras por falta de pagamento do governo do Estado. A parte da obra que cabia a sua construtora, a ampliação, deveria ter sido concluída em seis meses. Além do Vidal de Freitas, Paulo Lopes trabalhou com a Unidade Escolar Francisco Santos, Unidade Escolar Coelho Rodrigues e Unidade Escolar Marcos Parente. Este último também não está pronto por falta de pagamento, segundo alega.

Paulo Lopes garante que retoma as obras quando o governo do Estado realizar o pagamento.

 

Comentários
Roberto Rodrigues
31/07/2014 10:29:21
Sem falar na estrutura antiga que era muito mais bonita, do que essa estética atual... a rampa de acesso para deficientes que não foi mostrada, totalmente inacabada.... o tempo para essa obra a ser entrega era até dezembro de 2013 e estamos e julho de 2014 e falta muita coisa essencial para a escola funcionar direitinhoooo...