Sexta-Feira, 18 de Abril de 2025

Polícia Civil pode solicitar exumação do corpo de homem morto em Monsenhor Hipólito

Publicado em 29/05/2014
Por Marta Soares
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Delegado Antônio Madson Oliveira/Erivan Costa

 

A Operação Punaré, que foi realizada pela Polícia Civil de Picos no dia 18 de julho, teve como objetivo investigar e punir envolvidos com o tráfico de drogas e homicídios nos municípios de Alagoinha e Monsenhor Hipólito. Segundo informações do delegado do 3ª DP de Picos, Madson Oliveira, a operação culminou na prisão temporária de duas pessoas, José Albino de Sousa, vulgo Dedé de Albino e Daniel de Medeiros Silva, expedida pelo juiz Carlos Augusto, da comarca de Francisco Santos. Ambos se encontram detidos na Penitenciária José de Deus Barros, em Picos.

O delegado disse ao Folha Atual que a prisão dos dois poderá ser prorrogada. Isso porque na Operação Punaré foram cumpridos alguns mandatos de busca e apreensão, onde foram encontrados objetos vinculados à prática criminosa, tais como drogas, dinheiro e armas. Com o Daniel, a polícia apreendeu uma bolsa do tipo “capanga”, onde se guarda material para recarga de arma, onde a mesma apresentou manchas que possivelmente sejam de sangue: “nós apreendemos esta bolsa e notamos que ela possui umas manchas que a gente não sabe ainda se são manchas de sangue e caso sejam, se são de sangue humano ou animal”, disse Madson.

A suspeita da polícia é a de que Daniel tenha envolvimento com a morte de Francelmo, assassinado em Monsenhor Hipólito no dia 08 de julho. “Foi requisitada a perícia, em Teresina, para que o perito diga se aquele sangue é humano ou animal. Caso seja de sangue humano, serão extraídas amostras para uma futura confrontação genética”, afirmou. O delegado disse que testemunhas relataram suspeita de que tanto José Albino, como Daniel de Medeiros, estão envolvidos com o homicídio que vitimou Francelmo Anselmo.

“Segundo informações de testemunhas, o Daniel, que reside em Alagoinha seria o homem de confiança do Dedé de Albino, que seria o chefe do tráfico nestes municípios. Este último residiu por algum tempo no Rio de Janeiro e afirmou a polícia que era servente de pedreiro, mas, ao chegar à sua residência nos surpreendemos com o alto padrão de vida do mesmo e do imóvel, que até piscina tem”, disse o delegado.

Se a perícia apontar que o sangue é humano, a polícia vai até o Ministério Público para saber se é conveniente realizar a exumação do corpo para extração de material genético e confrontar com o sangue encontrado na bolsa.

O que liga a morte de Francelmo aos dois acusados ainda está sendo investigado, mas para a polícia o crime pode ter sido praticado por dívida de droga, já que segundo o delegado, em depoimento, testemunhas afirmaram que o Daniel é um famoso traficante da região de Alagoinha.

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