Novo presidente anuncia reforço no investimento da Eletrobras Piauí

O novo presidente da Eletrobras no Piauí, Marcelino Cunha, anunciou que a empresa deve concluir 2014 com investimentos de R$ 260 milhões na melhoria da distribuição de energia. O valor é menor do que a média nos últimos anos, mas deve crescer para R$ 446 milhões no próximo ano.

Em entrevista no Jornal do Piauí desta sexta-feira (18), o gestor explicou que a média anual de investimentos era de R$ 300 milhões. De 2008 a 2013, os valores superaram R$ 1 bilhão. Porém, os problemas no setor energético, como o uso de energia de termoelétricas em função da estiagem no Nordeste, e a redução da tarifa em 8,5%, diminuíram a receita do setor.

Até o momento, a Eletrobras Piauí investiu R$ 80 milhões, número que chegaria a R$ 160 milhões ao final do ano. "Não é pouco. Mas é pouco pela média e a demanda", admitiu. Porém, Marcelino afirmou que um contrato com a Caixa Econômica Federal deve somar mais R$ 100 milhões a esses investimentos ainda em agossto.

Marcelino Cunha já mora em Teresina há dois anos e meio e afirmou ter satisfação e uma grande responsabilidade diante do novo desafio. O diretor se tornou presidente após uma mudança administrativa na Eletrobras, cuja diretoria ficava concentrada no Rio de Janeiro. A reclamação dos piauienses foi atendida e a empresa agora conta com comando no Estado, para agilizar as demandas locais.

"Nós não estamos parados. Nós vamos bsucar, com a retomada dos investimentos, nos aproximar dos anseios dos consumidores", declarou.

Indústrias

O presidente da Eletrobras no Piauí negou ter conhecimento de empresas nos últimos dois anos que tenham pedido desligamento por conta de problemas elétricos. Além de citar exemplos de movimento contrário, afirmou que a empresa já encaminhou soluções para o pólo industrial Sul e o pólo ceramista, em Teresina.

Cunha lembrou que já foram feitos investimentos no litoral, inclusive para receber o porto de Luís Correia e a Zona de Processamento de Exportação (ZPE).

Perdas

O novo presidente falou de investimentos para resolver ligações com gambiarras. Além disso, citou como problema a inadimplência dos consumidores.

"Apenas 38% dos consumidores pagam a conta no vencimento. Isso sacrifica o nosso caixa. Como eu posso entregar energia de qualidade se eu não tenho recurso no meu caixa para investir?", questionou.

Outro problema diz respeito aos gatos, com furtos de energia. A Eletrobras Piauí perde R$ 120 milhões por ano com a irregularidade. "Quem furta prejudica você que não furta. Aumenta a tarifa de energia, prejudica a qualidade. É um volume muito grande de recursos que está sendo drenado e poderia ser investido em obras no sistema".

Fonte: cidadever.com