Sete pontos, uma vitória, quatro derrotas, apenas dois reforços contratados durante a paralisação para a Copa do Mundo — e que ainda não podem estrear —, dois meses de salários atrasados e em penúltimo na tabela. O panorama para o Flamengo que recomeça sua participação no Brasileiro esta noite, contra o Atlético-PR, no Moacyrzão, não é animador.
Sob o comando de Ney Franco, contratado para o lugar de Jayme de Almeida, no começo de maio, o time ainda não venceu. Nos últimos cinco jogos, foram três empates e duas derrotas, a última delas (3 a 0 para o Cruzeiro) na última partida disputada.
Apesar do cenário desolador, a esperança é de uma virada a partir desta noite. Na formação que vai a campo, as novidades são poucas. A principal alteração é tática. O técnico Ney Franco decidiu adotar o 3-5-2, com Wallace, Samir e Chicão na zaga, para se proteger dos avanços de Moura e André Santos.
No meio, Elano, totalmente recuperado das lesões que o atormentaram no primeiro semestre, será titular ao lado do jovem Recife e de Everton. Paulinho e Alecsandro formam o ataque.
A principal mudança esperada, porém, é de comportamento. Há menos de dois meses no clube, o diretor executivo Felipe Ximenes tem certeza de que o Flamengo dará a volta por cima. Para ele, a paralisação do Brasileiro para a Copa põe fim a um discurso usado pela maioria dos clubes no começo do Campeonato Brasileiro.
— Essa volta do Brasileiro é um grande teste para os clubes. As muletas que as pessoas usam para se escorar vão cair por terra, porque nunca houve tanto tempo para trabalhar. E o que foi feito será colocado em prática agora — aposta Ximenes.
Já a partir da partida contra o Atlético-PR, o dirigente tem certeza de que o Flamengo será outro em campo. Na visão de Ximenes, o elenco rubro-negro não é compatível com a posição ocupada na tabela.
— A principal mudança tem que ser de atitude. E isso independe de qualquer outra coisa. Esse foi o principal ponto atacado durante a parada do Brasileiro. Essa equipe não pode ser a penúltima colocada — sentencia.
Ximenes também não acredita que a dificuldade financeira vivida pelo clube — os salários estão atrasados há dois meses — possa interferir no rendimento em campo.
— Esse não é um ponto relevante no momento. Até porque não é nada de outro mundo. É uma situação totalmente administrável.
Fonte: EXTRA