Quem reside no cruzamento das ruas Osvaldo Cruz com Francisco Pereira – antiga rua do Cantinho – está acostumado a presenciar desde freadas bruscas até colisões que já resultaram em óbito. As duas ruas receberam nova pavimentação asfáltica, obra do Governo do Estado, o que aumentou o número de pequenas colisões uma vez que motoristas e motociclistas abusam da velocidade. Cansados desse risco diário a população está pedindo ao Departamento Municipal de Trânsito – DMT a imediata sinalização das duas ruas.
O comerciante Lourival Carvalho de Sousa, que possui um ponto comercial no cruzamento, culpa a ausência de sinalização para a ocorrência de tantos acidentes, uma vez que motociclistas e motoristas não sabem dizer de quem é a “preferência” na hora de trafegar pelas duas vias públicas. A pouca sinalização que existe termina por confundir ainda mais as pessoas.
“Essa Francisco Pereira, eles sinalizaram que era para ser mão-única, mas como? Indo ou voltando? Porque não há placa na rua João XXIII, vindo pra cá, dizendo que é proibido. Então todo mundo desce nessa rua, como vem no sentido do Centro”, declarou.
Nossa equipe esteve no local e constatou a ausência de sinalização, o que dificulta o tráfego. O superintendente do Departamento Municipal de Trânsito de Picos (DMT), Nobre Júnior, já esteve no cruzamento para constatar a situação. Como disse ao Folha Atual em edições passadas, ele informou que haveria uma mudança no sentido do tráfego de automóveis. A rua Osvaldo Cruz deverá ser trafegada apenas no sentido rio Guaribas/Morro da Mariana. A mudança deveria ter acontecido até o final do mês de maio, mas até agora nada.
O superintendente reclama constantemente que a sinalização integral das vias públicas de Picos só poderá ser realizada após a conclusão das obras de pavimentação, mas estas ainda não tiveram início mesmo nas ruas e avenidas que já receberam o asfalto, processo demasiadamente lento. Enquanto isso os problemas continuam.
No cruzamento das duas ruas já citadas anteriormente não há sequer uma faixa de pedestres, o que põe em risco muitas pessoas que vivem naquelas imediações, inclusive idosos.
O mototaxista Antônio Abrão José dos Santos faz coro com o comerciante e denúncia que as colisões e freadas bruscas são constantes. “Às vezes vem em direção onde estou aqui e muitas vezes tenho medo”, lamentou.