Quarta-Feira, 09 de Outubro de 2024

Burocracia emperra andamento das obras do viaduto

Publicado em 08/04/2014
Por Jailson Dias
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Passarela precisa de autorização para ser demolida/Jailson Dias

Uma obra delicada, mas que já deveria estar bastante adiantada, assim é o viaduto de Picos cujos trabalhos começaram ainda no mês de dezembro de 2013, mas que até o momento pouca coisa foi realizada. Segundo o diretor do Departamento de Estradas e Rodagens do Piauí (DER), Severo Maria Eulálio Filho, o Severinho, a burocracia tem dificultado o andamento dessa construção que promete revolucionar o aspecto urbano da cidade.

Severinho declarou que a demora parte dos órgãos federais que precisam analisar toda a documentação para dar uma simples autorização. Nesse momento a principal dificuldade estaria partindo da Eletrobrás e do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). O primeiro tem de autorizar a remoção dos postes de energia elétrica existentes na área da rotatória e o segundo deve autorizar a derrubada da passarela.

Para o supervisor do DNIT em Picos, Ruberval Isidro, como se trata de uma obra numa área da União, a empresa responsável, Construtora Sucesso deveria apenas comunicar a Eletrobrás que removeria os postes de energia elétrica, e assim o fazer. Quanto a demolição da passarela, o DNIT já teria concedido essa autorização.

Já Severinho informou diferente. Ele argumenta que a autorização da Eletrobrás é necessária uma vez que a malha elétrica presente naquela rotatória abastece inúmeras comunidades e cidades vizinhas. “Não há possibilidade de tirá-los”, declarou. Quando esse serviço for ser realizado, uma nova rede temporária deverá ser construída para que a população não fique mais do que três horas sem energia elétrica, aí os postes poderão ser derrubados.

Os problemas aumentam porque o escritório da Eletrobrás em Picos não tem autoridade para resolver nada relacionado à burocracia da obra do viaduto, toda a documentação transcorreria apenas em Teresina. Mas até na capital do Piauí a situação é difícil. Severinho disse ter sido informado pelos assessores da empresa que os tramites transcorrem apenas na sede da empresa, no Rio de Janeiro.

Quanto a autorização do DNIT, Severinho confirma que esta realmente foi concedida, mas que partiu apenas do Departamento de Engenharia. Ainda é necessária uma autorização do Conselho Gestor do DNIT sediado em Brasília –DF, e logo em seguida a sua publicação no Diário Oficial da União.

Como se não bastassem todos esses problemas ainda há a tubulação do sistema de abastecimento de água, embaixo de onde a obra será erguida. “Mas é assim mesmo, obras urbanas geralmente são delicadas”, amenizou Severinho.

Comentários
Pedro Cícero
29/05/2014 17:05:42
Concordo com o Sr Severinho: obras urbanas são muito delicadas. Mas no caso desse viaduto estão exagerando. Foi muita bravata para tão pouca construção. Aliás em Picos tudo é muito mais difícil. Tudo demora o triplo do normal. Cadê o mercado do cosntrutor? , a avenida Beira Rio? A sinalização das ruas? A troca da tubulação da avenida Getulio Vargas?....