Uma obra delicada, mas que já deveria estar bastante adiantada, assim é o viaduto de Picos cujos trabalhos começaram ainda no mês de dezembro de 2013, mas que até o momento pouca coisa foi realizada. Segundo o diretor do Departamento de Estradas e Rodagens do Piauí (DER), Severo Maria Eulálio Filho, o Severinho, a burocracia tem dificultado o andamento dessa construção que promete revolucionar o aspecto urbano da cidade.
Severinho declarou que a demora parte dos órgãos federais que precisam analisar toda a documentação para dar uma simples autorização. Nesse momento a principal dificuldade estaria partindo da Eletrobrás e do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). O primeiro tem de autorizar a remoção dos postes de energia elétrica existentes na área da rotatória e o segundo deve autorizar a derrubada da passarela.
Para o supervisor do DNIT em Picos, Ruberval Isidro, como se trata de uma obra numa área da União, a empresa responsável, Construtora Sucesso deveria apenas comunicar a Eletrobrás que removeria os postes de energia elétrica, e assim o fazer. Quanto a demolição da passarela, o DNIT já teria concedido essa autorização.
Já Severinho informou diferente. Ele argumenta que a autorização da Eletrobrás é necessária uma vez que a malha elétrica presente naquela rotatória abastece inúmeras comunidades e cidades vizinhas. “Não há possibilidade de tirá-los”, declarou. Quando esse serviço for ser realizado, uma nova rede temporária deverá ser construída para que a população não fique mais do que três horas sem energia elétrica, aí os postes poderão ser derrubados.
Os problemas aumentam porque o escritório da Eletrobrás em Picos não tem autoridade para resolver nada relacionado à burocracia da obra do viaduto, toda a documentação transcorreria apenas em Teresina. Mas até na capital do Piauí a situação é difícil. Severinho disse ter sido informado pelos assessores da empresa que os tramites transcorrem apenas na sede da empresa, no Rio de Janeiro.
Quanto a autorização do DNIT, Severinho confirma que esta realmente foi concedida, mas que partiu apenas do Departamento de Engenharia. Ainda é necessária uma autorização do Conselho Gestor do DNIT sediado em Brasília –DF, e logo em seguida a sua publicação no Diário Oficial da União.
Como se não bastassem todos esses problemas ainda há a tubulação do sistema de abastecimento de água, embaixo de onde a obra será erguida. “Mas é assim mesmo, obras urbanas geralmente são delicadas”, amenizou Severinho.