Quarta-Feira, 09 de Outubro de 2024

Greve dos servidores da UFPI de Picos completa dez dias

Publicado em 17/02/2014
Por Jailson Dias
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Servidores discutem andamento da greve/Jailson Dias

Os servidores técnicos da Universidade Federal do Piauí (UFPI), Campus de Picos, aderiram à greve nacional desencadeada pela categoria no dia 17 de março. Em Picos, a adesão aconteceu no dia 21, completando nesta terça-feira, 01, dez dias. Dentre as reinvindicações gerais estão o cumprimento do acordo realizado em 2012, jornada de 30 horas semanais e renovação da lei que cria a Empresa de Serviços Hospitalares.

“Mas a principal reivindicação é que em 2012 foi feito um acordo que o Governo Federal não está cumprindo na sua integralidade”, informou o coordenador do Sindicato dos Trabalhadores da UFPI (SINTUFPI), Fernando Antônio da Silva.

Dentre os pontos discutidos sobre o polêmico acordo de 2012, acertado com o Governo Federal, estão o reconhecimento dos cursos de pós-graduação realizados no exterior e antecipação da reposição salarial, que não foi cumprida em sua integralidade. Os servidores reclamam de ganhar o menor piso salarial dentre os servidores públicos federais. Em Picos, os 45 servidores técnicos cruzaram os braços. Fernando garante que a paralisação está acontecendo em todos os demais campi do Estado do Piauí. “Teresina, Paraíba, Floriano e Bom Jesus”, frisou.

Apenas 30% dos chamados serviços essenciais continuam funcionando, frisando a segurança interna do Campus e o Restaurante Universitário. Setores importantes da universidade, que afetam diretamente a comunidade acadêmica, especialmente o corpo discente, como os laboratórios e a biblioteca, permanecem fechados.

A faculdade, que ainda tenta colocar em ordem o calendário acadêmico desde a última greve geral desencadeada pelos professores e servidores técnicos, em maio de 2012, entrou em recesso no dia 18 de março, com previsão de retorno para 20 de abril. Pela força do movimento, há a possibilidade dos acadêmicos retornarem às aulas mesmo com a paralisação.

Para Fernando o Governo Federal não está dispensando a atenção devida ao serviço técnico da faculdade. “Está tratando como se não tivesse havido greve nas faculdades, eles ainda não nos chamaram para conversar sobre a greve que está acontecendo”, frisou.

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