Domingo, 06 de Outubro de 2024

Em greve, servidores da Ufpi querem reduzir número de terceirizados

Publicado em 11/02/2014
Por Jailson Dias
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Servidores técnicos da UFPI estão em greve /canabravanews

Os servidores técnico-administrativos da Universidade Federal do Piauí (Ufpi) estão em greve desde a última quinta-feira (20). A paralisação atinge mais de 23 universidades federais em todo o país e as principais reivindicações dão conta do aumento do número de denúncias dos servidores acerca de assédio moral e pela defesa da redução dos terceirizados.

No Piauí, o Sindicato dos Trabalhadores da Ufpi (Sintufpi), através do Comando Local de Greve, se reuniu, ontem (21), com a reitora em exercício da instituição, Nadir Nogueira. O sindicato avaliou quais os serviços essenciais da universidade devem permanecer em funcionamento durante a greve, para que não ocorram perdas para a comunidade acadêmica.

“O aprimoramento da carreira, reposicionamento das perdas dos aposentados e realização de concurso público imediato para novos servidores são algumas de nossas reivindicações. Segunda-feira (24), nós estaremos divulgando 16 itens, incluindo as pautas locais do movimento grevista”, afirma Justino Figueiredo, presidente do Sintufpi.

Outros pontos fundamentais que estão em pauta referem-se às pressões, assédio moral e ameaças que muitos servidores vêm sofrendo dentro da universidade. O Sintufpi informa que várias são as denúncias que chegam ao órgão representativo afirmando que diretores de algumas repartições têm ameaçado cortar o ponto dos servidores que aderirem à greve. Estes diretores estariam ainda intimidando os servidores dizendo que, em caso de adesão ao movimento, eles seriam exonerados e substituídos por servidores terceirizados.

Dentre as reivindicações da categoria está ainda a jornada de 30 horas semanais, sem reduções salariais e criação de uma database. De acordo com o dirigente do Sintufpi, os servidores do Piauí são os que possuem o piso salarial mais baixo, comparado a outras instituições do país. “Somos considerados os primos pobres do Ministério da Educação. Em 2012, apenas uma das nossas pautas foram atendidas, que se referia ao reajuste salarial de 5% a cada ano até 2015, o que é insignificante”, frisa Justino.

O Sindicato denuncia ainda que os cargos que só poderiam ser ocupados através de concursos públicos estão sendo empossados por servidores terceirizados. “Se aposentam muitos servidores na Ufpi, mas não estão convocando concurso público para suprir esta demanda”, reitera o presidente do Sintufpi. Em nível nacional, a categoria reivindica melhores condições de trabalho e a revogação do contrato com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), que determina o regime de trabalho nos hospitais universitários do Brasil.

Em 2012, a categoria realizou o maior manifesto grevista da história das universidades, durando 123 dias, atingindo 58 das 59 instituições. A greve mantém-se em todos os cinco campi da Ufpi no estado: Teresina, Picos, Parnaíba, Floriano e Bom Je

Fonte: portalodia.com

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