Na manhã desta sexta-feira, 14, durante uma capacitação no auditório do Picos Hotel, a secretária de Saúde, Ana Eulálio, fez a apresentação de mais seis medicas cubanas do programa “Mais Médicos” que atenderão na cidade. Ela informou que as estrangeiras devem começar a trabalhar a partir da próxima semana, com isso, o município passa a contar com oito profissionais de saúde originários de Cuba. Dois, uma médica e um médico, já trabalham aqui desde dezembro de 2013.
“Nós acreditamos que no mais tardar, até o final da próxima semana já tenhamos essas equipes nas suas novas áreas, começando a prestar o seu atendimento”, informou Ana Eulálio.
O programa “Mais Médicos”, embora do governo federal, também conta com a parceria dos municípios beneficiados. No caso de Picos, Ana Eulálio informou que o município garante a moradia e uma “ajuda de custo” para a alimentação, o salário é por conta do Ministério da Saúde. “O município loca um imóvel, dota este imóvel das condições mínimas exigidas: fogão, geladeira, mesa, cama, ar-condicionado para os dormitórios, disponibiliza esse mobiliário, o mínimo exigido, luz, água e internet”, relatou.
No entender da secretária há um “ganho significativo” para o município de Picos, frisando que os profissionais dão plantão nas unidades de saúde de segunda a sexta-feira. As médicas que chegaram a Picos, trabalharão na zona urbana. Indagada se mais profissionais de saúde de Cuba virão trabalhar na cidade, Ana Eulálio informou que a previsão é de que o município receba 30 médicos originários da “Ilha de Fidel”.
Em entrevista a nossa equipe, a médica cubana Marisleidy Tarrat Pons declarou que a decisão de deixar Cuba foi difícil, mas ao mesmo tempo importante por ter a oportunidade de ajudar parcelas menos favorecidas da população. “Esperamos ter uma boa acolhida da população, e melhorar a saúde do povo”, comentou.
Todas as seis médicas, a exemplo dos dois que já atendem na cidade, são clínicas gerais. Marisleidy disse ainda que o importante para ela e suas companheiras é melhorar a saúde da população, não importando a própria questão financeira. Antes de vir ao Brasil, firmando esse contrato por três anos, a médica já atendeu na Venezuela.