Professores picoenses vão aderir pelo 2° ano consecutivo a paralização nacional

Os professores picoenses devem aderir pelo 2° ano consecutivo a paralização nacional pela Educação que nesse ano de 2014 acontece nos dias 17, 18 e 19 de março. Em plenária realizada na tarde da segunda-feira, 10, na Câmara Municipal de Picos, os educadores, sindicalizados junto ao SINDSERM, decidiram que seria importante manter o apoio ao movimento que reivindica o uso de 10% do PIB brasileiro para a Educação, além de lutar pelas pautas regionais e locais.

A presidente do SINDSERM, professora Edna Moura, informou ainda que a luta é necessária porque o governo estaria pretendendo aprovar apenas sete por cento dos recursos do PIB para a Educação, número que está em desacordo com a proposta da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE).

“Outra questão é o piso salarial nacional, que todos estão pagando, porém todo o ano no mês de janeiro quando é para fazer o reajuste, há um desacordo entre os representantes dos professores e os setores governamentais”, protestou. Nesse ano de 2014 o reajuste foi de apenas 8% o que causou decepção aos professores que esperavam uma porcentagem de algo em torno de 20% como vinha acontecendo nos anos anteriores.

As reivindicações voltadas para o município de Picos referem-se a cobrança por melhorias nas condições de trabalho dos professores e melhorias na estrutura das escolas.

Em Picos os três dias devem ser marcados por palestras e passeatas. Logo no dia 17 haverá a abertura oficial na sede do SINDSERM, oportunidade em que os professores serão estimulados a falar sobre a real situação das escolas locais, além de promover um encontro com sindicatos de municípios vizinhos, uma forma de interagir sobre as necessidades da região.

Edna Moura informa que no dia 18 serão realizadas palestras sobre o Plano Nacional da Educação e o Piso Salarial Nacional, a primeira acontecerá no período da manhã e a segunda à tarde, ambas no auditório da Associação Comercial e Industrial de Picos (ACINPI). O objetivo é fazer com que os professores possam tomar conhecimento sobre esses temas para poderem estar embasados sobre as bandeiras de luta.

Os três dias de paralisação serão encerrados com um “ato público” em que os professores partirão em passeata da Praça da Igreja do Sagrado Coração de Jesus, às 7h00, passando pela Avenida Getúlio Vargas, Praça Félix Pacheco até a Prefeitura Municipal. Edna Moura acredita em uma adesão de quase 100% por parte dos professores da rede municipal de ensino.

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