Quarta-Feira, 06 de Agosto de 2025

Prisão domiciliar de Bolsonaro: 53% são a favor e 47% contra, diz Quaest

Publicado em 06/08/2025
Por Renata Arrais
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Prisão domiciliar de Bolsonaro:/Foto: Divulgação/ STF

Um levantamento da Quaest mostra que a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) dividiu-se em menções favoráveis e contrárias ao decreto do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo a pesquisa, 53% das menções ao episódio nas redes foram favoráveis à prisão, enquanto 47% foram contra. O volume de menções passou de 1,16 milhão, segundo o levantamento, em uma média de 51 mil menções por hora, totalizando mais de 401 mil autores únicos. A Quaest realizou a coleta dos dados às 21h desta segunda-feira (4).

Além do maior volume de menções, as publicações favoráveis à prisão domiciliar do ex-presidente apresentaram maior engajamento e fragmentação, o que indica, segundo a pesquisa, uma reação mais orgânica.

Moraes decretou a prisão domiciliar de Bolsonaro devido ao reiterado descumprimento de medidas cautelares. Desde 18 de julho, o ex-presidente está submetido a cinco medidas cautelares, entre as quais proibição de uso de redes sociais, inclusive por intermédio de terceiros. Neste domingo, 3, Bolsonaro apareceu em um vídeo publicado no perfil do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). A publicação foi removida. Antes, o ex-presidente já havia descumprido a cautelar ao discursar a apoiadores na Câmara.

Em sua decisão, o ministro afirmou que o ex-presidente utilizou as redes sociais de seus filhos e aliados, divulgando conteúdo que incentivava ataques ao STF e à intervenção estrangeira no Judiciário brasileiro. “Não há dúvidas de que houve o descumprimento da medida cautelar imposta a Jair Messias Bolsonaro”, disse Moraes.

Para Alexandre de Moraes, Bolsonaro utilizou as redes sociais mesmo sem o uso direto de seus perfis, tendo burlado as restrições impostas anteriormente pelo STF. Com a decisão do ministro, o ex-presidente deverá cumprir prisão domiciliar no endereço residencial, seguindo com o uso de tornozeleira eletrônica, a proibição de visitas, exceto por familiares próximos e advogados e o recolhimento de todos os aparelhos celulares disponíveis no local.

Em seu texto, o ministro afirmou que as condutas do ex-presidente fizeram a necessidade de uma readequação de medidas mais graves, para evitar uma reiteração delitiva de Bolsonaro.

Alexandre de Moraes proferiu a decisão em meio às investigações que apuram a tentativa de um golpe de Estado após a derrota de Bolsonaro nas eleições de 2022, processo em que o ex-presidente é réu e o inquérito tramita no STF.

Fonte: Portal O Dia

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