Quinta-Feira, 08 de Maio de 2025

Piauí registra aumento de casos de síndrome respiratória em crianças menores de dois anos

Publicado em 07/05/2025
Por Renata Arrais
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Piauí registra aumento de casos de síndrome respiratória/Foto: Pixabay

O Piauí registra um aumento preocupante nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) entre crianças menores de dois anos. Embora o estado ainda não esteja entre os que apresentam níveis críticos no número total de casos, o avanço da doença nesta faixa etária já alcança patamar moderado, o que exige atenção das autoridades de saúde e da população.

De acordo com o novo Boletim InfoGripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado no final de abril, o vírus sincicial respiratório (VSR) segue como principal responsável pelo avanço das internações pediátricas. A situação é reflexo do período sazonal das doenças respiratórias, que costuma ocorrer com a mudança do clima, afetando principalmente crianças e idosos.

Em Teresina, o fluxo em postos de saúde e no Hospital Infantil tem aumentado significativamente. Profissionais de saúde relatam maior número de internações em UTIs, inclusive entre bebês com poucos meses de vida. Os casos mais graves envolvem bronquiolite, pneumonia e complicações respiratórias causadas por vírus como VSR, influenza e rinovírus.

 “O que preocupa é a gravidade dos quadros e a velocidade com que evoluem. “Temos visto muitas crianças chegando em estado grave, precisando de oxigênio e suporte intensivo”, explica a pediatra Lorena Mesquita, que atua na capital.

Além do aumento no número de casos, o boletim também destaca que estados como Minas Gerais e Mato Grosso do Sul já decretaram situação de emergência em saúde pública, com dezenas de milhares de internações por doenças respiratórias. No Piauí, a rede hospitalar ainda não enfrenta colapso, mas a demanda crescente acendeu o sinal de alerta. Segundo dados da Secretaria de Saúde, a maioria das internações infantis por SRAG neste período está concentrada em crianças de até três anos de idade.

A vacinação contra a gripe e os cuidados básicos de prevenção continuam sendo as principais recomendações para conter a disseminação dos vírus respiratórios. A proteção só começa cerca de 15 dias após a aplicação da vacina.

Para as famílias, a orientação é observar os sinais de alerta e evitar a automedicação. Febre persistente, cansaço excessivo, dificuldade para respirar e recusa alimentar são sintomas que exigem atendimento imediato. “A automedicação é perigosa. Se a criança apresentar qualquer um desses sintomas, o ideal é procurar imediatamente uma unidade de saúde”, completa a pediatra.

A Secretaria de Estado da Saúde reforça que os pais devem procurar uma unidade de saúde ao surgirem os primeiros sinais de agravamento respiratório. Além da vacinação, medidas como boa higiene das mãos, evitar ambientes fechados e manter as consultas pediátricas em dia são fundamentais neste período.

Fonte: Portal O Dia

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