Remédios terão menor reajuste dos últimos oito anos

O reajuste médio no preço dos medicamentos em 2025 será de 3,83%, o menor desde 2018 e abaixo da inflação acumulada no período, que foi de 5,06%. O percentual foi divulgado nesta segunda-feira (31) pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED).

A regulação dos preços dos medicamentos no Brasil segue critérios estabelecidos por lei, impedindo aumentos abusivos. O reajuste definido para este ano se baseia em fatores como concorrência no mercado e custos de produção, garantindo equilíbrio entre acessibilidade para os consumidores e sustentabilidade para a indústria farmacêutica.

A Resolução CM-CMED 1/2025 fixou três níveis máximos de reajuste: 5,06% para medicamentos com alta concorrência, 3,83% para os de concorrência média e 2,60% para os de pouca ou nenhuma concorrência. Com isso, o aumento médio permitido em 2025 será o menor dos últimos oito anos.

Apesar do reajuste, os aumentos nos preços dos medicamentos não são automáticos. Cada fabricante pode definir sua estratégia dentro dos limites estabelecidos. Medicamentos com maior concorrência, por exemplo, tiveram descontos médios de 60% em 2024, segundo dados do setor.

A lista de preços máximos dos medicamentos pode ser consultada no site da Anvisa (acesse aqui). Denúncias sobre preços abusivos podem ser registradas pelo formulário disponível no site (clique aqui).

Farmácias em Teresina já informavam que remédios teriam reajustes a partir de abril

Em Teresina, na última semana, as farmácias já alertavam os consumidores sobre o aumento. Os medicamentos genéricos continuarão garantindo uma alternativa mais acessível para os brasileiros que dependem de tratamentos contínuos, já que possuem uma maior concorrência, por possuírem o mesmo tipo de fármacos no mercado.

Com o aumento, especialistas recomendam que consumidores aproveitem os preços atuais para comprar medicamentos de uso contínuo antes do reajuste entrar em vigor. Além disso, vale pesquisar entre diferentes farmácias e priorizar os genéricos, que continuarão com preços congelados.

Fonte: Portal O Dia