Poucas vezes se viu tanta manifestação de afeto a uma pessoa quanto ao Pe. Gregório Leal Lustosa, quando do anuncio de que deixaria a função de Pároco de Paróquia de Nossa Senhora dos Remédios, e assumiria a Paróquia de Nossa Senhora do Perpetuo Socorro, em Fronteiras. Ele declarou ter sentido uma duplicidade de sentimentos, a alegria pelo afeto demonstrado pelos fiéis e a angústia, ao ver o Bispo Diocesano de Picos, Dom Plínio José Luz, receber críticas por parte de fiéis que não aceitavam a decisão.
“Me angustiou em alguns momentos quando as manifestações tenderam a se colocar contra o Bispo e a decisão da igreja, e isso não me alegrava, pelo contrário, me angustiava. Mas ultimamente, graças a Deus, as manifestações tem sido de amizade, e isso me enche de alegria”, declarou.
Além de ter sido um dos fundadores da Fazenda da Esperança, o Pe. Gregório deixará outro legado, a “Missa da Cura e da Libertação”, que sempre acontecia nas noites das quartas-feiras, com a Igreja de Nossa Senhora dos Remédios repleta de fiéis que buscavam alento para os seus problemas pessoais.
Quando indagado se essas missas continuariam e no mesmo sucesso, o padre declarou que a “semente foi lançada”, pois muitos picoenses são “sedentos de uma palavra de esperança e fé”. Ele citou o alto índice de pessoas depressivas e de dependentes químicos. “A Missa da Cura e da Libertação nasceu dessa necessidade”, explicou. Após a sua saída o Pe. Gregório crê que a missa continuará a ser realizada com o mesmo sucesso de antes.
A missa de envio do Pe. Gregório acontecerá na noite do domingo, 02, partir das 19h00 na Igreja de Nossa Senhora dos Remédios. “Domingo à noite encerro meu ministério por esse tempo, na missão de pároco aqui em Picos”, declarou. Para Fronteiras ele declara esperar encontrar um “terreno bom” como encontrou em Picos.