Terça-Feira, 08 de Outubro de 2024

Coordenadoria de Direitos Humanos de Picos promoverá gincana em escolas públicas

Publicado em 12/12/2013
Por Jailson Dias
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Jovanna explica como transcorrerá a gincana/Jailson Dias

A Coordenadoria Municipal de Direitos Humanos e de Política de Livre Orientação Sexual de Picos promoverá ao longo desse ano de 2014 uma gincana sobre respeito aos direitos humanos nas escolas públicas estaduais que contemplem o ensino médio. Segundo a titular da coordenadoria, Jovanna Cardoso, serão tratadas formas de lidar com as diferenças e aceitar as pessoas, seja pela cor da pele, religião, nível social, orientação sexual ou identidade de gênero.

“Então vão cair perguntas de respeito às diferenças inclusive de história do Brasil, pois tem casos que falam de desrespeito, como escravidão e o racismo. Então todos esses temas cairão nessa gincana que é de aprendizado”, explicou.

Cada escola deverá ter uma etapa eliminatória entre as turmas que irão concorrer, passando de escola em escola. As turmas vencedoras disputarão entre si fases eliminatórias, até a chegada da final. Os vencedores da gincana serão contemplados com uma excursão para São Raimundo Nonato ou qualquer outro destino a ser estudado.

“A gente acredita que é assim que vamos mobilizar a sociedade. A gente acredita que vamos conseguir mobilizar o alunado que é o futuro desse Brasil para discutir questões como respeito às diferenças, combater a intolerância religiosa e respeitar todas as crenças”, detalhou.

A gincana devia começar em fevereiro, mas como o carnaval desse ano acontece em março, Jovanna disse que deverão esperar pelo fim da grande festa popular para finalmente darem início a essa disputa educativa nas escolas. “Deve ir até setembro, até passar por todas as escolas”, informou.

O ensino médio foi escolhido por comportar alunos que estão na adolescência. O grupo entende que se trata de uma fase de descoberta dos “meandros que a vida traça”. No entanto, antes do início do evento haverão reuniões com as direções das escolas para saber se elas tem possibilidade de despertar o interesse sobre essa discussão. O projeto da gincana também será levado até as escolas particulares.

Quanto ao polêmico tema da orientação sexual, Jovanna Cardoso, disse que esse tema não será tratado de forma minuciosa, haverá, contudo, a informação sobre as escolhas dos cidadãos e do respeito que deve-se ter para com elas.

“As pessoas têm de entender que seres humanos precisam ser respeitados, eu não posso invadir a privacidade de um evangélico, tenho que respeitá-lo enquanto evangélico, não posso invadir a privacidade de um pai de santo, tenho que respeitá-lo como pai de santo e da mesma forma eles precisam nos respeitar enquanto nossa condição sexual, sem eu agredi-lo, sem eles nos agredirem, é só o que queremos”, declarou.

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