Sábado, 05 de Outubro de 2024

Comerciários de Picos devem ganhar R$ 710,00 em 2013

Publicado em 14/12/2012
Por Jailson Dias
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Mártio Monteiro explica como estão ocorrendo as negociações. /Jailson Dias

O governo federal estipula um salário mínimo que deve ser pago a todo trabalhador brasileiro com carteira assinada, que atualmente é de R$ 622,00. Para 2013 o governo já anunciou que o salário pode chegar a R$ 674,95, no entanto, esse salário deve servir de base como mínimo, pois os valores pagos ao trabalhador podem ser maiores. Em casos particulares, como o da cidade de Picos, o comércio pode negociar um mínimo acima do pago nacionalmente. Para 2013 está previsto um piso de R$ 710,00 para os comerciários.

O primeiro secretário do Sindicato do Comércio Varejista de Picos, Mário Monteiro dos Santos, explica que para se chegar a esses números a serem adotados por todos os empresários da cidade, há uma série de negociações, com representantes comerciais, sindicalistas, empregadores e Ministério do Trabalho.

Ainda devem acontecer algumas rodadas de negociações, mas Mario Monteiro acredita que o valor de R$ 710,00 já estaria definido. “Provavelmente esse valor prevalecerá, porque já sentamos a mesa e esse valor representa o consenso das partes”, declarou.

Mesmo com o estabelecimento de um piso para o comércio local, há algumas particularidades, como para funcionários de supermercados, que poderão ganhar R$ 741,00. “Supermercados tem um horário de trabalho diferenciado, levando em conta que tanto o sindicato como o Ministério do Trabalho considera uma jornada mais corrida, mais pesada que as outras empresas, daí a justificativa para esse piso salarial diferenciado”, explicou Mário Monteiro.

As farmácias também possuem um piso salarial distinto, desde que façam a opção pelo funcionamento noturno e pela abertura aos domingos e feriados, levando-se em conta que devem possuir equipes diferenciadas para efetuar um revezamento na rotina de trabalho. Mário Monteiro explica que os valores não foram definidos, havendo a probabilidade de o piso ser estabelecido em R$ 770,00. “Esse piso prevalecerá apenas para aquelas que fizerem a opção de funcionar também aos domingos”, explicou.

Outro ponto a ser discutido ainda trata-se do possível aumento de 7% para quem acima do piso, proposta dos empregadores. Já o sindicato que representa os comerciários defende uma proposta de 8,5% a fim de que não haja perda salarial. “Eu diria que não será nem 7%, nem 8,5%, haverá um meio termo”, declarou Mário.

Geralmente um auditor fiscal do Ministério do Trabalho acompanha essas reuniões, mas como estas ocorrem tranquilamente na cidade de Picos, talvez não haja a necessidade dessa fiscalização.

Ao finalizarem as reuniões e acertarem os pontos pendentes elabora-se um documento intitulado de “Convenção Coletiva de Trabalho” que é encaminhado a Delegacia do Ministério do Trabalho, em Teresina, onde passará por uma análise dos auditores fiscais, que farão as alterações cabíveis. Aprovadas essas alterações o documento é publicado no site do Ministério do Trabalho. Uma vez homologado, só resta aos empregadores cumprir.

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