Sábado, 05 de Outubro de 2024

Flamengo assume risco na libertadores e perde para o Bolivar

Publicado em 25/04/2024
Por Bismark Souza / Estagiário da Uespi
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Chico comemorando o gol/Foto: JORGE BERNAL / AFP

Depois de 23 jogos, a invencibilidade do Flamengo em 2024 chegou ao fim na temida altitude de 3.600 metros de La Paz. A aposta de Tite (em decisão respaldada pela diretoria) em um time muito modificado e mais físico para enfrentar o Bolívar passou longe de funcionar: a equipe não conseguiu ficar com a bola e nem anular as armas do adversário na derrota por 2 a 1 para os bolivianos na noite da última quarta-feira. Se a ciência é a palavra da moda no clube, será preciso trocar de "matéria" com a matemática.

O torcedores rubro-negro que antes sonhava com a melhor campanha geral da Libertadores agora já começa a fazer contas passada metade da fase de grupos. Depois de três jogos, o Flamengo soma só quatro pontos, viu o Bolívar disparar na liderança do Grupo E com nove e ainda pode cair para terceiro se o Millonarios ganhar do Palestino por dois gols de diferença nesta quinta-feira.

Antes de mais nada, obviamente é preciso reconhecer que a escalação dos titulares não era garantia de vitória na altitude. Mas teoricamente aumenta as chances de sucesso. E nos dois "tropeços" até aqui na Libertadores o Flamengo entrou bem modificado. No 1 a 1 com o Millonarios, poupou Léo Pereira, Ayrton Lucas e Luiz Araújo, enquanto De la Cruz ficou fora devido a uma virose. Já no 2 a 1 do Bolívar, Pedro, Arrascaeta, Pulgar, Ayrton Lucas e Varela sequer viajaram; Luiz Araújo começou no banco, e Léo Pereira e Cebolinha foram desfalques.

Em La Paz, não só peças foram mudadas, como também o esquema tático. Além da questão da calendário, a opção de Tite foi pensando também em colocar um time de mais vigor físico. Pela primeira vez, jogou com três zagueiros, com David Luiz de líbero. Fazia uma linha de cinco sem a bola, e com ela adiantava os alas e povoava o meio de campo. O objetivo era claro: anular a força do Bolívar pelas laterais e ficar com a posse para não se desgastar correndo demais. Só que o plano não deu certo.

Pela primeira vez em 2024, o Flamengo levou dois gols num mesmo jogo.

Bruno Sávio e, principalmente, Patito Rodríguez achavam muitos espaços pelas laterais. Foi assim que surgiu o primeiro gol pela direita; logo depois quase saiu o segundo em cruzamento da esquerda para Bruno Sávio; e ainda teve o chute de Chico na rede pelo lado de fora no fim do primeiro tempo, após jogada de linha de fundo de Saavedra. O Flamengo até já tinha empatado em belo gol de Viña, mas só melhorou quando Tite adiantou Léo Ortiz para fazer a função de volante.

Porém, o time não conseguia ficar com a bola, até porque errava muitos passes em função da velocidade que ela pegava (trocou apenas 284, quase metade do rival, e com só 75% de precisão). Bruno Henrique de "falso 9" não conseguia fazer o pivô, e a equipe variou sua posse entre 42% e 45%. O Bolívar tinha uma falha de marcação pelo meio, como escancararam David Luiz e Igor Jesus em arrancadas desde o campo de defesa até o ataque, mas o Flamengo não soube explorar isso. E apesar das 15 finalizações que mostram os números, o Rubro-Negro teve raras chances de gol.

Além do gol de Viña, Bruno Henrique teve uma oportunidade de ouro para virar o jogo em cabeçada para fora sem goleiro, onde acabou se chocando com a trave aos 38 minutos. E no segundo tempo, aos 30, Gerson foi fominha e perdeu a chance de deixar Lorran cara a cara com o goleiro. E foi só. O lance do Lorran após passe por cobertura de Matheus Gonçalves, citado por Tite na coletiva, não entra na conta porque o atacante não tinha condições de alcançar a bola.

 

Fonte: ge 

 

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