O coordenador de Vigilância Epidemiológica de Picos, Robsoncley Viana, em entrevista nesta quarta-feira, 21 de fevereiro, expressou preocupação com a iminente alta de casos de COVID-19 após o período de carnaval. Ele destacou que é esperado um pico de aumento nos próximos 10 a 15 dias devido às festividades, com aglomerações não apenas em Picos, mas em todos os municípios.
“Estamos aguardando ainda o período de virulência. Tivemos o carnaval recentemente, então geralmente haverá um pico aumentado entre 10 a 15 dias, que ocorrerá na incidência de casos de COVID-19 no município. Isso é esperado devido às festas de carnaval e às aglomerações, não apenas em Picos, mas em todo a região. Essa situação é mais acentuada em Picos, uma vez que é uma região que concentra toda a população, atraída tanto pelo comércio quanto pelos estabelecimentos de saúde”, afirmou.
Coordenador epidemiológico de Picos, Robsoncley Viana
Por mais que reconheça uma redução do vírus no estado nos últimos anos, o coordenador alertou sobre o aumento recente relacionado à nova variante introduzida em Fortaleza. Ele apontou que a população de Picos tem afinidade por viagens a Fortaleza, sugerindo que a variante pode ter sido trazida para o Piauí através desses deslocamentos.
“Sabemos que a população de Picos adora passear em Fortaleza, e, com certeza, esse novo vírus foi introduzido no Piauí dessa forma. Não temos casos registrados da nova variante, mas possivelmente o vírus já está circulando aqui, pois não coletamos a amostra para enviar para Teresina e para o LACEM, a fim de saber qual tipo de variante está circulando. Só vamos saber se é positivo ou negativo para COVID-19 após a análise das amostras”, disse.
A recomendação da equipe de saúde é que quem apresentar sintomas gripais deve usar máscara e reforçar a higienização das mãos. Viana também instou aqueles que ainda não receberam a vacina, especialmente os do grupo prioritário, a buscar o Picoense Clube durante os dias de vacinação, divulgados nas redes sociais.
“As vacinas salvam, isso é um fato. A vacina não impede que você contraia a COVID-19; ela evita que você tenha a forma mais grave da doença. Tanto é verdade que, após a introdução da vacina, os casos de COVID-19 não alcançam os níveis observados anteriormente. Se compararmos o período de 2020 a 2022, observamos uma redução significativa nos casos”, concluiu.