Terça-Feira, 08 de Outubro de 2024

Abastecimento feito por carros-pipa pode ser suspenso no semiárido do Piauí

Publicado em 20/11/2013
Por Marta Soares
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Imagem Ilustrativa/Reprodução/Cidades na Net

Os responsáveis pelos carros-pipa que abastecem a região do semiárido do Piauí estão ameaçando suspender o fornecimento do produto para a população que sofre com seca. Os motoristas alegam que estão sem receber o pagamento feito pelo Governo Federal, por meio do Exército, há dois meses. Ao todo, 80 cidades são beneficiadas com o abastecimento dos carros-pipa.

A ameaça atinge principalmente as cidades de Oeiras, Simplício Mendes, São João do Piauí e São Raimundo Nonato, no Sul do Piauí. Na região já existe uma movimentação de lideranças políticas e sindicatos que representam os agricultores para pressionar o governo federal e o exército para liberar o pagamento.

Sobre a situação, o comandante do 25° Batalhão de Caçadores, tenente coronel Jackson Figueiredo Meneses, informou que os pagamentos dos meses de outubro e novembro estão sendo processados. Ainda de acordo com ele, este período de processamento faz parte do procedimento da prestação de serviço.

“Quando executamos o pagamento de qualquer despesa com relação a Operação Pipeiro, precisamos do recibo que é assinado na prestação de serviço para ser processado. Em relação ao mês de outubro, estamos aguardando a liberação do numerário para poder executar o pagamento. Quanto ao mês de novembro, estamos processando toda a documentação referente já que ainda estamos no início de dezembro”, disse.

O tenente coronel afirma que o trabalho é feito no intuito de manter os pagamentos sempre em dia, mas se trata de um processo de prestação de serviço com recurso público e que é necessário respeitar estágios que impossibilitam o pagamento imediato aos pipeiros.

Sobre a higienização dos carros-pipa, situação que gerou polêmica, o comandante disse que são realizadas fiscalizações rigorosas tanto na contratação do veículo como periodicamente, para garantir a qualidade da água distribuída.

“A vistoria é feita no momento em que o caminhão é credenciado e, todos os meses, religiosamente, uma equipe é enviada ao terreno para fiscalizar não só os carros-pipa, mas para verificar se a água foi efetivamente entregue a quem foi previsto”, declarou.
 

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