Por Renata Arrais
Nos últimos tempos, tem sido cada vez mais comum encontrar jovens nas redes sociais relatando crises de ansiedade e depressão, quebrando o estereótipo da vida fake repleta de glamour e ostentação de uma felicidade fictícia.
De acordo com uma pesquisa do Datafolha realizada no final de 2022, oito em cada dez brasileiros entre 15 e 29 anos apresentaram recentemente algum problema de saúde mental. A maioria desses jovens relatou experiências com pensamentos negativos (66%), dificuldade de concentração (58%) e crises de ansiedade (53%).
Além disso, mais da metade considera sua saúde mental como regular, ruim ou péssima. É importante ressaltar que a maioria dos problemas é relatada por meninas e mulheres (90%), em comparação com 76% dos meninos e homens.
Alguns dos motivos que podem influenciar para o aumento de problemas de saúde mental em mulheres podem ser à sua vulnerabilidade às oscilações hormonais ao longo do ciclo reprodutivo feminino.
Além disso, elas são as maiores vítimas de violência física, sexual e psicológica, e possuem respostas diferentes aos gatilhos estressantes.
É importante não ignorar ou menosprezar esses números, pois eles podem representar fatores de risco para o desenvolvimento futuro de transtornos psiquiátricos.
Diante desse cenário, é preciso tomar medidas. Campanhas educativas desde os primeiros anos da infância são fundamentais.
Se os pais observarem esses sintomas em seus filhos, devem leva-los para um profissional da saúde para que a doença mental precisa ser tratada.