Terça-Feira, 08 de Outubro de 2024

IBAMA liberta macaco - prego e alerta para os perigos de criar animais silvestres

Publicado em 28/10/2013
Por Marta Soares
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Macaco - prego que era criado em cativeiro/Erivan Costa
O chefe do IBAMA de Picos, Lourival Antunes, levou nesta manhã (18) um macaco-prego, que é comum na região de Picos, para ser solto em seu habitat natural, em um brejo na região de Picos. De acordo com Lourival, este tipo de animal costuma ser retirado da mãe quando ainda é muito novo, quando ainda está nas costas da mãe e sendo amamentado, algumas vezes, para capturá-lo é necessário abater a mãe do filhote.
 
"Quando o macaquinho é capturado ele tá novinho, bonitinho e dengoso aí quando cresce, ele mostra seus instintos de animal silvestre, passa a morder as pessoas, danifica o telhado das casas, mexe no que não deve e aí o dono prefere abandoná-lo", diz. Em alguns casos os criadores destes animais ainda procuram a Secretaria de Meio Ambiente, que aciona o IBAMA, para fazer o recebimento e soltura do animal, mas para o chefe do IBAMA, o criador deveria procurar o melhor local e ele mesmo fazer a devolução do bicho para a natureza.
 
Animal criado em cativeiro pode não sobreviver quando retorna à natureza
 
O macaco - prego que foi solto nesta manhã, tem aproximadamente cinco anos de idade. Lourival ressalta que criar animais silvestres pode transmitir doenças, como é o caso da raiva, que no último mês matou um homem da cidade de Pio IX, vítima da mordida de um macaco. "Quem cria não sabe do risco que corre de um animal desses morder uma criança, um idoso e aí este animal não é vacinado, não é devidamente cuidado e certamente pode transmitir a raiva, que é uma doença que ainda não tem cura".
 
No caso do IBAMA flagrar a criação de primatas em cativeiro, o criador pagará multa de R$ 5 mil reais: "quem tiver, volte estes animais e quem não tiver, não capture. Ao invés disso, plante uma árvore na frente de sua casa e de preferência, as frutíferas, que servem até de alimento para estes animais, que soltos, podem encontrar o alimento e permanecer ali nas proximidades da residência, mas em liberdade", disse Antunes.
 
Lourival Antunes, chefe do IBAMA de Picos
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