A Ordem dos Advogados do Brasil no Piauí contesta os dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública. O órgão avalia que o levantamento não é catalogado de forma correta. Segundo o presidente da Comissão de Segurança Pública da OAB-PI, Lúcio Tadeu, os números são discutíveis porque eles envolvem apenas Teresina e as maiores cidades do Piauí, sem envolver os pequenos municípios.
“Na realidade, à medida que a estatística vai avançando vão se descobrindo os crimes e assim dando um retrato mais real da violência no estado. Na questão de homicídios e outros crimes no estado do Piauí, o que se vê é que a pesquisa da Secretária de Segurança Pública ainda não é preenchida em sua totalidade. Desta forma, essas estatísticas ainda estão concentradas nos grandes municípios e na capital. Ainda não há um retrato fidedigno de toda a estatística criminal de todos os municípios do estado”, explica.
Sobre o aumento de 7% no número de assassinatos no Piauí, o advogado Lucio Tadeu diz que o crescimento faz parte do avanço do próprio levantamento. “O dado é preocupante, mas o número aumenta a medida que a pesquisa estatística avança. No momento em que nós tivermos uma cobertura de 100% do território piauiense, com certeza, vamos ter um número ainda maior”, declara.
O levantamento mostra que em 2012 houve um aumento de 39,6% no número de assassinatos. Ao todo, foram 479 enquanto em 2011 foram registrados 341. Já os latrocínios, roubos seguidos de morte, teve um aumento de 396,8%. Em 2012, foram 20 enquanto em 2011 foram registrados apenas 4 casos.
Outro dado preocupante é o índice de estupros, foram 442 enquanto em 2011 foram 238, um aumento de 85%.
G1 PI