Domingo, 06 de Outubro de 2024

Pesquisa revela que apenas 1% das rodovias está em boas condições

Publicado em 15/10/2013
Por Marta Soares
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Imagem TV Clube/Reprodução
 
Apenas 1% das rodovias do Piauí está em ótimas condições, segundo pesquisa divulgada pela Confederação Nacional do Transporte. No estado, foram avaliados mais de 2.970 km sendo, 2.472 km de rodovias federais e 498 km de estaduais.
 
A pesquisa também revelou que 23,4% das rodovias são consideradas boas, 39% regulares, 27,1% são consideradas ruins e 8,6% estão em péssimas condições.
 
Segundo os dados, o Piauí apresenta o 3º pior índice de qualidade das estradas do Nordeste, com 25,3%, ficando a frente apenas do estado do Maranhão, que tem 15,2%, e do Ceará, com 11,6% de rodovias consideradas com qualidade. 
 
Para o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit), os dados da pesquisa não representam a realidade. Segundo o órgão, a maioria das rodovias federais no estado está em boas condições. Além disso, o DNIT informou que trabalha constantemente para manter a qualidade das rodovias e recuperar trechos danificados.
 
Já o Departamento de Estradas de Rodagem do Piauí (DER) informou que a pesquisa foi feita com base em levantamento de 2012 e que não reflete a realidade. De acordo com o departamento, mais de três mil quilômetros de rodovias estaduais foram construídas ou reformadas no Piauí. 
 
O serviço Nacional do Transporte (Sest-Senat) está preocupado com a situação das rodovias. Para o diretor do Sest-Senat no Piauí, Antônio Leitão, os dados da pesquisa revelam que no  geral, as rodovias estão ruins. “Se comparamos a situação das estradas no estado com os demais do Nordeste, vemos que a situação é ainda pior”, disse Antônio.
 
De acordo com o diretor, os dados também mostram problemas na parte geométrica das rodovias. “Os estudos revelaram que 77% das estradas tem deficiência seja na largura, na falta de sinalização ou acostamento. Isso representa um custo maior para o carregador, por exemplo, os fretes chegam a ficar 20% mais caros, acarretando prejuízos no setor de transporte rodoviário, que afetam tanto o transportador, como comprador da carga, até o consumidor, que vão pagar mais caro pelo produto”, afirmou Antônio Leitão.
 
G1 PI
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