Grupo Alcoólicos Anônimos “Liberdade” promove em Picos momento de comemoração dos 40 anos de fundação

Na manhã desta terça-feira, 06 de dezembro, o Grupo Liberdade A.A. (Alcoólicos Anônimos), promoveu um café da manhã em comemoração aos 40 anos de fundação na cidade de Picos. A imprensa picoense foi convidada para participar do momento.

O momento foi realizado na sede do grupo, localizada na Rua Monsenhor Hipólito, centro da cidade, em frente a Penitenciaria Feminina, e contou com momentos de descontração e apresentação dos trabalhos desenvolvidos pela irmandade o grupo no município ao longo da história.

De acordo com Antônio, membro do A.A, a ideia para a inclusão dos profissionais de comunicação no evento se deu devido à contribuição dada pela impressa para o grupo, já que as informações veiculadas na mídia contribuem para o aumento de procura de alcoólicos para a recuperação.

“Esse é um momento ímpar, pois estamos comemorando 40 anos do Grupo Liberdade, que nasceu com o propósito de recuperar aquelas pessoas que sofrem com o alcoolismo e não consegue se recuperar. Hoje a gente convidou a imprensa porque temos um carinho muito grande pela contribuição que eles nos dão na busca pelo alcoólico. Cada vez que a mídia vem e nos dá oportunidade de fazer um trabalho desse, os alcoólicos chegam no A.A e até as famílias se modificam, pois eles se recuperam, aqueles que estão no fundo do poço voltam a se reerguer e isso é muito gratificante para nós”, afirmou.

Atualmente, o município de Picos conta com 09 grupos de Alcóolicos Anônimos em funcionamento e todos trabalham com o lema de autossuficiência, ou seja, não possui mantimento financeiro de órgãos públicos.

De acordo com outro membro do Grupo Liberdade A.A, a procura pela recuperação só não é maior porque muitos alcóolatras não sabem ou não aceitam a doença.

“Hoje em dia ainda existe um grande estereótipo do que é o alcoólatra. Muitas pessoas pensam que o alcoólatra é apenas alguém que vive na rua, sem família, sem perspectiva, quando na verdade esse é apenas o estágio final da doença. Nós precisamos sempre observar se nossa maneira de beber está gerando algum prejuízo para nós mesmos e para os familiares, se bebe mais do que gostaria de beber ou se busca desculpas para beber, pois tudo isso são fortes indícios de que podemos vir a ter a doença do alcoolismo ou que ela já esteja instalada em nós’, afirmou.

O membro ainda destacou que o grupo atende homens e mulheres das mais diversificadas idades. “O A.A. trata de pessoas, independente da sexualidade ou orientação delas. Estima-se que no mundo nós temos cerca 3.5 milhões de membros ativos e desses um terço são mulheres, que soma mais de um milhão de mulheres. Na cidade de Picos nós temos algumas companheiras que frequentam assiduamente as reuniões e também tem toda a oportunidade de se recuperar, assim como os homens. Embora a mulher sofra uma maior estimação lá fora por ser vista como um sexo mais vulnerável, o alcoolismo pode atingir essas pessoas e o A.A pode servir para elas, aqui tratamos todos de forma igualitária, sem nenhum custo ou mensalidade”, acrescentou.