Por Danilo Eliéser
Na manhã desta terça-feira, 06 de setembro, as Associações, Pastorais e movimentos sociais de Picos realizaram a 28° edição do Grito dos Excluídos. O movimento, que acontece anualmente, tem por objetivo chamar a atenção da sociedade civil para discutir políticas públicas de inclusão social.
Com o tema “Brasil: 200 anos de (in)dependência para quem?”, o movimento reuniu representantes de diversos segmentos sociais que percorreram as principais ruas da cidade apresentando cartazes sobre igualdade social e busca de melhorias de vida para grupos minoritários, visando assim o acesso de todos aos direitos humanos básicos, como saúde, educação, moradia, transporte e alimentação.
De acordo com o Padre Marcus Roberto Vieira, um dos organizadores do movimento, o Grito dos Excluídos é realizado como uma forma de gerar igualdade para toda a população.
“Hoje no Brasil são mais de 60 mil pessoas que passam por dificuldades na questão alimentar, então não é justo que uma pequena minoria da população brasileira detenha sobre si o poder econômico e político, enquanto a grande maioria viva à margem da sociedade. Nós queremos trazer isso para a discussão para que de fato os Governos possam olhar para essa realidade e proclamar a sociedade para discutir as políticas de acordo com aquilo que realmente é mais necessário para o desenvolvimento integral da pessoa e do estado”, destacou.
O movimento luta ainda pelo fim de toda violência social existente, como a homofobofia, xenofobia, racismo e violência contra a mulher.
Em entrevista, o membro da Cáritas Diocesanas, Antônio José, relembrou que a primeira edição do movimento aconteceu em 1995 e mesmo depois de 28 anos os grupos sociais ainda lutam pelas mesmas causas.
Antônio José
“O que a gente quer é que todas as pessoas, homens e mulheres de bens, principalmente os pequenos, tenham direito à vida digna e com abundância, onde eles saibam o que vão comer no almoço, na janta e no café da manhã, pois o nosso país ultrapassa a média mundial de pessoas que não sabem o que vão comer na próxima refeição. Isso é muito triste e precisamos superar tudo isso”, afirmou.
Veja mais fotos: