Os moradores da comunidade de Morro da Areia estão vivendo noites de tensão. Reclamando da forma perigosa como muitos motoristas e motociclistas trafegam pela estrada vicinal da comunidade, ladeada por residências em todo seu trajeto, a população decidiu erguer um quebra-molas e até cavou uma vala para garantir que os condutores de veículos automotores reduzam a velocidade. O grande problema é que Morro da Areia dá acesso a duas outras localidades: Malhada Grande e Brejinho.
Nossa equipe esteve em Morro da Areia no início da noite desta quinta-feira (17/10) e, no momento em gravava uma entrevista com Muriel Lopes, 36, um dos reclamantes, percebeu os ânimos se acirrarem entre os moradores e dois outros motociclistas, discussão repleta de tensão, troca de ofensas e ameaças. Muriel informou que procurou a Delegacia Regional para registrar um B.O contra “arruaças” que estariam acontecendo durante as noites da última semana.
Ele denuncia que muitos motociclistas passam em alta velocidade pela estrada vicinal, frisando que na comunidade de Morro da Areia vivem mais de 70 famílias, compondo um total de pelo menos 350 habitantes. Para Muriel a velocidade dos veículos está pondo em risco a vida das crianças e idosos.
“A comunidade, cansada disso aí, resolveu agir, e construímos um único quebra-molas e disso daí gerou motivos para gerar uma polêmica, nascer uma discórdia com duas comunidades e devagarzinho a coisa está aumentando, a animosidade está aumentando, os ânimos estão ficando acirrados”, comentou.
Muriel informou que ele e outros moradores estão coletando assinaturas para pedir que a prefeitura tome providências e construa pelo menos cinco quebra-molas ao longo de onde existem residências para garantir que os motoristas e motociclistas reduzam a velocidade ao trafegar pela estrada vicinal. “Toda noite está tendo isso que você tá vendo aqui, conflito, acirramento de ânimo e estamos com medo de chegar a um conflito mais grave”, lamentou Muriel.
Enquanto ele concedia entrevista a discussão entre os moradores continuava. “Aqui tá havendo risco de ter um linchamento, você tá presenciando uma cena aqui, você está vendo em loco”, protestou.
Também morador da comunidade, Pedro Paulo Romão da Silva, 40, também protesta contra a velocidade que algumas pessoas trafegam pela estrada vicinal. “Aqui não é lugar de uma pessoa passar com 90 km não”, comentou. Ele diz que a situação se torna mais crítica em horas mais avançadas da noite e nos finais de semana. Os moradores esperam uma mediação urgente por parte dos poderes públicos, em especial da prefeitura municipal.