Por: Danilo Costa / Estagiário da Uespi
O Ministério da Educação (MEC) anunciou recentemente que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) passará por mudanças a partir de 2024. O novo formato deve incluir questões discursivas, além de abordar conteúdos interdisciplinares com foco em português e matemática.
Nas escolas, as mudanças têm gerado controvérsias, principalmente em relação às questões abertas, em que o estudante escreve a resposta e não apenas seleciona uma opção.
O contabilista e pós-graduando, Jeferson de Sousa, que já possui mais de 20 aprovações pelo Enem, explicou que o novo modelo de questões deve trazer vantagens e desvantagens para os estudantes
“O novo Enem, que entrará em vigência em 2024, vem da implementação do novo ensino médio e traz consigo o itinerário formativo, tornando o ensino mais flexível e proporcionando mais autonomia e liberdade ao aluno na preparação para provas de vestibulares. A personalização das provas é uma das vantagens do novo Enem, que busca adequar e adaptar o aluno à aprofundar seus estudos nas áreas de conhecimento com as quais se identificam”, destacou.
Contabilista e pós-graduando em gestão de vendas (USP), Jeferson de Sousa
“Vejo como desvantagem o fato do estudante, ao entrar no ensino médio, já ter que saber qual curso de graduação deseja cursar, pois ao se sentir pressionado o aluno pode até errar nas suas escolhas. Caso o estudante faça o ensino médio focado em se graduar em administração e ao terminar o ensino médio deseje mudar de área e queira cursar Medicina, a prova do Enem será incompatível com o que estudou na escola”, acrescentou o estudante.
De acordo com o MEC, a partir de 2024 o exame também será voltado para a formação específica que os estudantes receberão no ensino médio. As universidades devem decidir quais áreas serão cobradas para ingressar em cada curso ofertado, e o estudante deverá escolher as questões de acordo com o curso de interesse.
Para o professor Amadeus Almondes, as escolas deverão se adaptar à novos métodos de ensino e adotar estratégias para a preparação dos alunos para a prova.
"Atualmente estamos trabalhando bastante questões subjetivas para melhorar a interpretação dos enunciados. Cada disciplina está buscando trabalhar de acordo com a base nacional comum curricular e também com o edital do Enem. Como os alunos quem escolherão a área de conhecimento para montar o caderno de prova, estamos fazendo estratégias para montar grupos de estudo para cada área, recebendo orientação e apoio do professor das disciplinas correlatas”, relatou o professor.
O enem segue em 2022 e 2023 com o mesmo formato dos anos anteriores.