Os comerciantes picoenses já estão sentindo os efeitos da greve dos bancários. Com a paralisação da maior parte das agências bancárias a circulação de dinheiro na cidade fica comprometida. Para o gerente do Mercadão dos Importados, Francisco Andrade, a greve tem refletido nas vendas, que caíram entre 30% e 40%. “E também a dos Correios que acabam dificultando a chegada de documentos para as empresas”, comentou.
Por trabalhar com “dinheiro vivo”, cujas compras são quitadas à vista, e a venda de miudezas e brinquedos, Francisco Andrade diz que o comércio está passando por dificuldades. “Então quando há uma queda expressiva de 30% a 40% com certeza dificulta o desempenho da empresa”, lamentou.
Para Benone Antônio de Sousa, proprietário do Hiper Importados, a greve dos bancários “estrangulou a economia”, e quem está pagando o preço por essa paralisação é o comércio. “Isso tem dificultado o comércio porque o cliente comprador está sem dinheiro, não tem como sacar a não ser nos caixas eletrônicos e muitas vezes falta dinheiro”, comentou.
Devido a proximidade do dia das crianças, importante data para o comércio, Benone diz ter feito um grande investimento em brinquedos, mas se vê na iminência de sofrer um prejuízo financeiro. Apesar disso, ele não culpa os bancários, mas os banqueiros.
“Eu acho que os bancários estão no direito de ‘grevar’, eles estão sentindo no bolso a defasagem salarial, a culpa está nos banqueiros. Eu espero que se resolva o quanto antes para que o comércio não pague um preço que não é dele”, declarou.