O infarto do miocárdio, infarto agudo do miocárdio ou apenas infarto é uma consequência da acumulação de camadas de gordura dentro das paredes de uma artéria coronária, o que cria uma barreira que impede a circulação sanguínea apropriada. Quando tal obstrução acontece, o sangue não consegue chegar de maneira suficiente naquela parte do coração. A seção do coração com falta de irrigação passa a sofrer um processo gradual de morte celular. Isso gera necrose e pode levar à insuficiência cardíaca ou até mesmo à morte súbita. Em 2014, o DATASUS – Departamento de Informática do SUS – declarou, com base em dados coletados durante o período, que o infarto é a causa número um de mortes no Brasil. São cerca de 100 mil óbitos registrados anualmente devido ao problema.
Os fatores de risco que podem levar a um infarto (ou ataque cardíaco, como também é conhecido) são divididos entre aqueles que podem ser alterados, como os hábitos que uma pessoa tem, e aqueles que não podem ser modificados (tais como idade, gênero, histórico familiar e raça). As mulheres, por exemplo, têm fatores de risco próprios. Exemplo: menopausa precoce, a diabetes gestacional e algumas outras complicações gestacionais, como a pré-eclâmpsia. O uso prolongado de anticoncepcionais hormonais também é um fator a ser considerado, pois tem comprovada relação com o aumento do risco de trombose sanguínea, que leva ao infarto e outras doenças cardíacas. Em contrapartida aos fatores genéticos, existe o estilo de vida de cada indivíduo, que pode conter hábitos que são grandes colaboradores do entupimento arterial, como o álcool, o tabagismo e a obesidade.
A identificação em tempo hábil dos sintomas do infarto é essencial para um tratamento adequado e a diminuição da fatalidade. É importante falar, porém, que nem todos os casos apresentam os mesmos sintomas. Como cada organismo é único, não existe uma regra que afete 100% dos casos e pessoas. Os sintomas identificados a seguir são baseados em coletas de informação de milhões de casos, o que representa uma tendência. Em caso de dúvida, é sempre importante que se consulte um médico.
Também conhecida como dor torácica, pode ser uma sensação de aperto, de pressão muito forte, como se houvesse um peso sobre a região. Sintoma comum, aparece principalmente nos homens, e pode se estender pelos braços, pescoço e coluna em alguns casos.
Muitas pessoas relatam a presença de tosse contínua momentos antes do infarto acontecer, e em alguns casos há presença de sangue. Vale ressaltar que uma tosse excessiva também pode ser sintoma de muitas outras coisas, como pneumonia e bronquite. O mesmo ocorre com a presença de sangue, que pode ser sinal de outras situações. Por este motivo, mais uma vez, é importante que se procure um médico em caso de qualquer dúvida.
Suores frios e repentinos são sintomas muito comuns antes do infarto. A sensação é de como se você estivesse praticando uma atividade física intensa, suando muito, mas ao estar sentado no sofá, em dia fresco, assistindo televisão.
A ocorrência de sintomas mais genéricos e incomuns em mulheres é alvo do estudo de médicos e pesquisadores. O fato é que nem sempre os sinais mostrados no corpo feminino são específicos e “comuns”, o que pode fazer com que o diagnóstico seja tardio, dificultando o tratamento.
A sensação de fadiga constante e sem explicação pode ser sinal de um infarto iminente. De acordo com especialistas, ela pode preceder o episódio em uma questão de dias ou semanas e não deve ser levada levianamente.
Por serem coisas que geralmente não estão associadas ao infarto, muita gente não relaciona a dor com o ataque. Além disso, por aguentarem a dor por mais tempo, muitas mulheres acabam demorando mais para ir ao médico, o que muitas vezes também prejudica a identificação do infarto.
Entender as causas é extremamente importante para conseguir se prevenir. Afinal, sem saber o que evita, fica difícil se proteger contra o problema. Infelizmente, ou não, questões genéticas não podem ser alteradas. Mas felizmente, e desta vez com certeza, as questões comportamentais e de estilo de vida podem, e elas são sim o grande problema. Isso porque mesmo uma pessoa com propensões e histórico familiar, mas que mantém um estilo de vida saudável, tem menos chances de ter um ataque do que uma pessoa em situação oposta. Fique, então, com algumas dicas:
Cuidar do que se come é extremamente importante. Uma alimentação balanceada com muitos vegetais, proporções adequadas de proteínas e carboidratos e pouca gordura é o primeiro passo para um coração saudável. Alimentos muito gordurosos aumentam o nível de colesterol e colaboram para o acúmulo da gordura no corpo.
Fazer atividades físicas por pelo menos 30 minutos diariamente é uma excelente prática. Os exercícios ajudam a ganhar resistência, fortalecem os músculos (inclusive o coração, que é um músculo), queimam gordura e aumentam níveis de hormônios que causam a sensação de felicidade e calma.
Não estamos nem falando das drogas ilícitas, que obviamente fazem mal. Aqui, o assunto diz respeito às próprias drogas liberadas, como o álcool e o tabaco. Como foi falado anteriormente, há comprovada relação entre o uso dessas substâncias e a ocorrência de doenças cardíacas, no caso o infarto.
A primeira coisa que se deve fazer caso alguém esteja tendo um ataque do seu lado é chamar pelo socorro. Sabemos que, em muitas das vezes, pode demorar até que uma ambulância consiga chegar ao local onde a vítima está. Por isso, quanto mais rápido o reforço for chamado, menos tempo levará para que o paciente seja atendido. Caso você veja alguém apresentando os sintomas listados anteriormente, lembre-se de que existem algumas coisas que podem ser feitas enquanto o socorro não chega. Tome nota: