A luta pela abertura da Policlínica continua. Representantes de entidades sociais estão colhendo assinaturas em Picos e região, pedindo que a clínica finalmente seja aberta e passe atender a população. Um dos militantes é o presidente da Associação de Moradores do bairro Paroquial, João Pereira de Sousa, o João Pena de Ouro. Ele informou que a luta também é pela construção do novo hospital que oferecerá 284 leitos.
“Haja vista que tem emenda parlamentar do deputado federal Assis Carvalho, R$ 35 milhões, onde já foi gasto uma parte desse dinheiro e ainda se encontram parte dos recursos a disposição”, comentou João Pena de Ouro. Ainda haveriam pelo menos R$ 29 milhões para serem investidos no novo hospital, mas caso isso não aconteça até dezembro, o dinheiro pode voltar.
A coleta de assinaturas da população picoense começou no dia 15 de setembro e deve se estender até o início do mês de outubro. Após conseguir um número considerável de assinaturas, o documento será encaminhado ao governador Wilson Martins (PSB), pedindo que ele finalmente tome uma atitude que ajude a por a Policlínica em funcionamento.
Na noite de 12 de julho o auditório antigo da Universidade Federal do Piauí, Campus Senador Helvídio Nunes de Barros (UFPI), sediou uma audiência para debater a dificuldade de conseguir o efetivo funcionamento da Policlínica. Além do deputado federal Assis Carvalho (PT/PI) também marcaram presença na audiência: militantes sociais, acadêmicos, presidentes de associações.
Na ocasião, todos buscavam uma resposta para o não funcionamento da Policlínica e para a paralisação das obras do novo hospital regional de Picos, ambos localizados no bairro Paraibinha, às margens da BR 316.
O deputado Assis Carvalho se esforçou para explicar os tramites legais para a continuação das obras do novo regional. A emenda parlamentar de 35 milhões foi uma proposição do deputado, e deve perdurar até dezembro de 2013, caso contrário retornará para Brasília. Ele alegou que o funcionamento efetivo da Policlínica acontecerá apenas através da inauguração do hospital, o que tem mobilizado os militantes.
Quando da audiência o representante da ONG Pró-Brasil, Uwe Weibrecht, fez uma rápida e didática exposição sobre a construção da Policlínica na cidade de Picos, desde o início do projeto, em 2006. Ele alegou que a cidade precisava de um centro de diagnósticos de média e alta complexidade. Bastante emocionado, algo que lhe é pouco característico, Uwe declarou que era uma “vergonha” para a cidade que o prédio continue fechado desde que foi concluído em 2009.