A administração de Bocaina dispensou o médico do programa “Mais Médico” que seria destinado para atender a população municipal. O ex-prefeito de Bocaina e ex-presidente da APPM, atual secretário de Saúdo do município, Francisco Macedo, alega que o município tinha feito apenas a adesão primária, pela internet, mas sem a homologação ao programa. “Nós não estamos no Mais Médico porque não ratificamos a homologação do pedido”, declarou.
Em sua opinião pessoal, como fez questão de frisar, não era possível “jogar” no país, médicos sem que os diplomas tenha sido revalidados, através do “Revalida Brasil”. Ele usa como argumento os pontos que vem sendo apontados pelos Conselhos Regionais de Medina (CRMs) de que não há estrutura que garanta a qualidade dos serviços que serão oferecidos à população.
Francisco Macedo disse ainda que não haveria possibilidade de justificar para os sete médicos que atualmente trabalham no município de Bocaina, a contrapartida da prefeitura: moradia, transporte e alimentação, o que resultaria em uma despesa de R$ 10 mil. “Se o Governo Federal der o recurso para todas as essas despesas, todos os municípios vão aceitar”, declarou.
Quando indagado porque fez a adesão ao Mais Médicos pela internet se Bocaina dispõe de sete profissionais, com especialização, Macedo respondeu que achava que o programa seria voltado para médicos brasileiros.
Para Francisco Macedo, mesmo sendo piauiense o médico que iria para Bocaina, ele entende que este é estrangeiro uma vez que formou-se na Espanha. Natural da cidade de Fronteiras, Sudeste piauiense, Miguel Dionizio da Silva, é o único brasileiro formado fora do país que deveria vir para o Piauí na primeira etapa do Mais Médicos. “Eu não concordo em trazer médico de fora para fazer medicina no país”, declarou.
Perguntado se a decisão, tomada em comum acordo com o prefeito Zé Luís de Barros, seria motivada por corporativismo, uma vez que ambos são médicos, Francisco Macedo diz que a sua medida foi sensata. “A determinação do prefeito é essa, então nós estamos abdicando do Mais Médicos”, finalizou.