A Polícia Rodoviária Federal do Piauí foi surpreendida nesta tarde com a apreensão na divisa entre o Piauí e Pernambuco, de uma carreta cegonha que veio de São Paulo com destino ao município de Paulistana - PI, carregada com 156 motos. De acordo com o chefe da 1ª Delegacia Metropolitana, localizada em Teresina, Tony Carlos Cavalcante, que veio a Picos com uma equipe de peritos em veículos, ao que tudo indica, a carga é oriunda de um leilão do Detran de São Paulo, porém elas devem ser utilizadas apenas para desmanche.
A carga deveria possuir nota fiscal, mas têm apenas nota de venda. Na hipótese de todas estarem regularizadas, a PRF repassa a informação para a Secretaria da Fazenda e a mesma emitirá as notas para que seja gerado o devido imposto. Até o momento, a PRF informa que a grande maioria das motos estão "em circulação" no sistema e a legislação não permite que veículos nestas condições sejam entregues. Com estas motos em circulação, seria fácil a prática de clonagem.
O policial chama a atenção da população para golpes, normalmente aplicados em cidades do interior, onde veículos de sucata são vendidos a um preço muito abaixo do valor de mercado. Veículos leiloados pelo Detran como sucata devem sair de circulação, apenas as suas peças podem ser utilizadas. Caso algum condutor adquira um vecículo nestas condições e for flagrado pelas autoridades competentes, o mesmo perderá imediatamento o veículo.
Nas notas de venda apresentadas à PRF, existem motos adquiridas por R$ 150,00, podendo chegar a R$ 1.500,00. Em alguns casos, veículos com estas características, são vendidos a um preço que varia de R$ 2.000,00 a R$ 5.000,00.
A leiloeira Rita de Cássia Oliveira, de São Paulo, deverá providenciar a baixa dos veículos para que sejam liberados. A mercadoria está em nome de Fernando Cicinato de Sousa ME, de Paulistana. Na nota consta que a mercadoria se trata de sucata, ou seja, veículo sem direito a documentos, uso apenas para reaproveitamento de peças.
A maoria das motos apreendidas estão em péssimo estado de conservação, mas na mesma carga, há veículos semi-novos, que teriam todas as condições de transitar, o que não é possível porque foram vendidos como sucata. Se após as vistorias, for configurado algum crime, os responsáveis respoderam a inquérito policial.