HRJL atendeu 757 acidentes de motocicletas somente em 2013

O Hospital Regional Justino Luz de Picos (HRJL) atendeu nos sete primeiros meses de 2013 um total de 757 vítimas de acidentes de trânsito envolvendo motocicletas. Apesar de haver uma redução na quantidade de acidentes a partir de março, os números causam muita preocupação. Para a coordenadora da Urgência e Emergência do HRJL, enfermeira Mariluska Macêdo de Oliveira (foto abaixo), esses dados denotam o habito da população picoense de usar motocicleta sem itens de segurança, como o capacete.

Desse número total a enfermeira informou que há uma grande quantidade de pessoas que sofrem traumatismo craniano e são encaminhadas entre a vida e a morte para Teresina. Uma vez que o paciente dá entrada no hospital, ele recebe os primeiros socorros e é encaminhado para a capital. “Isso acontece devido a não termos um neurologista em nossa instituição”, explicou.

O levantamento realizado pelo Hospital Regional mostra que os meses de férias e períodos de grandes feriados, principalmente o Carnaval, são marcados por um aumento significativo dos acidentes. “No período de férias eles tendem a aumentar, Carnaval, semana Santa, mês de julho”, informou a enfermeira. Esses períodos do ano são caracterizados pelo aumento do fluxo de veículos nas rodovias federais e estaduais.

Apenas no mês de janeiro foram verificados 117 entradas no hospital de acidentes envolvendo motocicletas. Esse número subiu para 131 em fevereiro e para 174 em março, depois caiu para 70 em abril, 89 em maio, 85 em junho e por fim, 91 no mês de julho.

A enfermeira Mariluska Macêdo também informou os dados sobre o número de vítimas de outros acidentes de trânsito ocorridos em 2013, como atropelamentos, apenas 34. Quanto às vítimas de acidentes envolvendo automóveis, estas ficaram em 20 ocorrências. A surpresa fica quanto aos acidentes com ciclistas, apenas três, até o mês de julho.

Vale destacar que os dados levantados pelo HRJL dizem respeito a toda a região de Picos, mas não correspondem a todos os acidentes, uma vez que as vítimas podem receber atendimento em hospitais particulares, por exemplo. Além do óbito a enfermeira frisa que a recuperação de acidentados de trânsito pode deixar sequelas que vão perdurar por toda uma vida.