Por Paula Monize
Aquele velho ditado que mulher é “sexo frágil” vem deixando de ser rótulo do público feminino na sociedade contemporânea. Elas são sinônimo de garra, inteligência, que conciliam a vida do lar, família, com o concorrido mercado de trabalho.
Neste domingo, 08 de março, é celebrado o Dia Internacional da Mulher. O Jornal Folha Atual, em reconhecimento à data, entrevistou mulheres nos mais diversos segmentos e buscou saber delas se o público feminino hoje realmente ocupa de maneira igualitária espaços na sociedade. As entrevistadas foram unânimes em destacar a dádiva de ser mulher e ressaltar que hoje elas podem e devem chegar onde querem!
A comerciante que atua no Shopping do Povo, Marinalva Borges Leal, é uma mulher empreendedora que trabalha para garantir o sustento da família. Ela destaca que a mulher hoje vai à luta, trabalha não apenas no lar, mas gerando renda para dentro de casa.
Comerciante Marinalva Leal
“Eu trabalho fazendo tapioca, venda de doce de leite, para aumentar a renda da minha família. A mulher hoje tem espaço sim, mudou muito essa questão, basta ser inteligente e querer. Acabou aquela história de só o marido manter a casa, na verdade eu conheço mulheres que acabam mantendo sozinhas a casa. A mulher é útil demais não só nos afazeres, mas na geração de renda”, frisou a comerciante.
Outra mulher inspiradora, que está inserida no mercado de trabalho e que leva informação a sociedade picoense é a jornalista Bruna Raquel Barros. Atuando na apresentação de um tradicional jornal na Rádio Cidade Modelo FM, Bruna lembra que a mulher hoje ocupa espaços mais significativos.
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Jornalista Bruna Raquel
“Hoje a mulher ocupa espaços de maior destaque na sociedade, espaços de poder, que nos ajudam a mostrar que podemos ocupar os espaços que elas quiserem. Lutamos não por um superioridade sobre os homens, mas por uma igualdade. Tenho 24 anos, trabalho com jornalismo e jornalismo esportivo, uma área típica de jornalistas homens, e desde o início nunca senti preconceito, pelo contrário, fui bem recebida, acolhida, tanto pelos homens que trabalham comigo, pelas mulheres que atuam na minha área, mas sabemos que não é a realidade de muitas”, enfatizou a jornalista.
Bruna Raquel ainda mencionou que além do preconceito, outro problema que a mulher enfrenta é o assédio que por vezes constrange de forma moral e física.
Entre as entrevistadas, o Folha Atual também ouviu a ativista e feminista que leva a bandeira de luta em defesa dos direitos da mulher, Maria do Nascimento, a Nega Mazé. A mesma interpreta que o espaços ocupados pela mulher ainda necessitam serem garantidos em sua totalidade, como ocorre com os homens.
Nega Mazé
“É um espaço que tem sido conquistado com muita luta. É um espaço que ainda não é o ideal, pois a mulher dependendo da sua função não ganha o mesmo salário que o homem. Esse espaço será por direito e igual quando como acontece com os homens, ganharmos o mesmo salário. Ainda precisamos superar a violência contra a mulher, é ainda muito vedada, a própria mulher se sente oprimida e não denuncia”, concluiu.
Em suma, a mulher pode ser e chegar onde ela quiser. Os temos são outros, com mais espaços e possibilidades. A mulher tem mais autonomia para construir sua família e carreira profissional como deseja. Assim, parabéns para ELAS!